Vasco e 777 Partners: ex-presidente defende venda da SAF

Jorge Salgado, ex-presidente do Vasco, se defende de acusações feitas sobre a venda da SAF do Vasco em 2022 em suas redes sociais

O conselho deliberativo do Vasco fará reunião na próxima segunda-feira (10) para debater a criação de uma comissão para analisar a venda da SAF do Vasco para a empresa 777 Partners, em 2022. Ao tomar ciência da decisão, Jorge Salgado, presidente em exercício no ato da venda, se comunicou pelas suas redes sociais defendendo a venda.

Ele afirmou estar confeccionando um documento onde, de maneira organizada por pontos, irá defender a decisão de sua gestão à época. Além disso, criticou a gestão do presidente Pedrinho, afirmando que “a 777 Partners foi a única (empresa) que aceitou as premissas básicas, avançou nas negociações e fez uma oferta concreta.”

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Outro alvo dessa reunião que ocorrerá na próxima segunda-feira, o também ex-presidente do Vasco, Alexandre Campello, afirmou que “não tem conhecimento dos fatos e não tinha nada a declarar” ao Globo Esporte.

Versões apresentadas

Jorge Salgado, ex-presidente do Vasco (Rafael Ribeiro/Vasco da Gama)

Numa entrevista ao programa Abre Aspas, do Globo Esporte, ao final de 2023, Jorge Salgado afirmou que uma apresentação do Vasco havia sido enviada para 62 investidores internacionais. Ele também informou que a sua diretoria havia recebido 27 respostas, sendo que apenas três se tornaram negociações.

Um desses três era o Grupo City, que viria a comprar o Bahia posteriormente. Outro, evidentemente, foi a 777 Partners, que foi quem acabou selando a compra da SAF vascaína.

No texto publicado nas suas redes sociais, Salgado afirma que “o Vasco não atraiu outros interessados, pois muitos (investidores) não entendiam por que o estádio de São Januário estava fora do projeto e seria mantido com o clube… além disso, não quiseram comprometer recursos na fase pré-SAF, ainda mais diante dos significativos valores de aportes a serem feitos na companhia e da assunção de dívidas do clube.”

Ainda no mesmo texto, revela que recebeu, até hoje, somente 23% do valor que emprestou ao clube no seu período como presidente. A informação vem como resposta às acusações de que teria feito a venda da SAF vascaína para benefício próprio, visando reaver o valor investido.

A temática tende a render capítulos ainda mais longos de debate, pois as duas partes envolvidas, isto é, a diretoria anterior e a diretoria atual, caminham por pontos de vista diferentes. O ex-presidente do Vasco, contudo, promete alimentar ainda mais o debate com este documento que está confeccionando.

A única certeza é de que muito mais será dito nos próximos dias.

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