Na manhã desta sexta-feira (7), a casa de aposta VaideBet anunciou ao Corinthians que rompeu unilateralmente o contrato de patrocínio máster com o clube.
Assinado no começo do ano e no início da gestão do presidente Augusto Melo, a duração do contrato entre as partes tinha validade até o fim de 2026 e previa o pagamento de R$ 370 milhões, sendo o maior patrocínio do Brasil. O Timão recebeu cerca de R$ 66 milhões desde janeiro.
A empresa acionou a cláusula anticorrupção para romper com o clube. Decisão essa tomada após abertura de investigação da Polícia Civil sobre possível repasse de parte do valor da comissão do acordo para uma empresa supostamente “laranja”.
Agora, o Corinthians e a casa de apostas vão iniciar negociações sobre o pagamento da multa de 10% do valor restante do contrato, o que equivale a cerca de R$ 30 milhões. Com base na interpretação de que houve justa causa para a rescisão, a VaideBet pode se recusar a indenizar o clube.
O Corinthians foi notificado extrajudicialmente no último dia 27 de maio pela VaideBet. Na ocasião, a casa de apostas expressou que a associação de seu nome com o atual escândalo envolvendo a diretoria do Corinthians e a intermediadora torna o contrato excessivamente oneroso para o patrocinador. Isso se dá porque a ligação da marca a uma situação negativa resulta em desprestígio, potencial prejuízo e risco de retorno baixo do investimento feito na entidade desportiva.
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O incidente ao qual a empresa faz menção é a denúncia levantada pelo jornalista Juca Kfouri, alegando que a Rede Social Media Design, a empresa intermediária do contrato de patrocínio, repassou parte do pagamento da comissão para uma empresa fictícia chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Esta empresa, supostamente registrada em nome de Edna Oliveira dos Santos, uma residente em Peruíbe, litoral Sul de São Paulo, parece desconhecer totalmente sua existência.
O Corinthians respondeu a notificação da VaideBet na última quinta-feira, mas os esclarecimentos prestados foram considerados insuficientes.
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