Textor garante Botafogo dentro das regras do fair play financeiro

Acionista do Glorioso aparece em coletiva de imprensa e esclarece dúvidas de jornalistas

John Textor, o dono da SAF do Botafogo, segue movimentando os bastidores do futebol brasileiro na discussão sobre controle de gastos. Comentou sobre as recentes discussões a respeito do fair play financeiro no futebol. Durante a apresentação de Adryelson e Vitinho, nesta quarta-feira (4), o mandatário garantiu que o Alvinegro está dentro das regras. Além disso, ele ressaltou que o contrato que assinou para se tornar acionista majoritário exige que ele faça tais investimentos.

Acompanhe o BTB Sports no TwitterInstagram e Youtube.

“Nós estamos atuando em compreensão com o fair play financeiro. Estamos gastando 45% dos nossos rendimentos em salário. O que estamos fazendo com o nosso capital é investir em construções e contratos de jogadores que vão crescer em valor”, destacou.

”Quero lembrar a todos que eu vim para cá por causa do conhecimento dos legisladores, que criaram a Lei da SAF. A Lei da SAF convidou os investidores estrangeiros, o dinheiro viria de fora para dentro do Brasil. Isso é bom não só para o futebol, mas como para a economia brasileira. Eu assinei um contrato que exigia eu investir no clube, não apenas operar, mas investir fortemente no clube, nas estruturas, nos jogadores… A Lei da SAF exigiu que eu investisse, e eu estou investindo.”

O debate sobre controle de gastos vem numa temporada em que Textor investiu pesado no mercado de transferências, torrando R$ 373 milhões em contratações para o Botafogo, valor acima do faturamento do ano passado, de R$ 322 milhões.

Crítica à Europa

O empresário milionário também criticou o fair play da Europa. Para ele, tal regra privilegia apenas os mais ricos.

“Vamos começar com a definição de fair play financeiro e a forma como eles usam no Brasil não é definição correta. A palavra tem sido usada em vão. Todo mundo quer um jogo justo. Se você for no meu site, vai ver o que é definição de fair play. O sistema de fair play é uma fraude. Na Europa, ele diz que os clubes podem gastar até 75% de suas receitas, porém as marcas mundiais têm uma receita mais alta. Então clubes como o Crystal Palace vão enfrentar esses clubes a última coisa que ocorre é um jogo justo.”

John Textor, aliás, apontou que há diversos clubes pequenos que, mesmo com o investimento de mega bilionários e com “bastante dinheiro”, porém não são permitidos gastar como os grandes clubes.

”É uma regra na Europa para permitir que os grandes times, com suas grandes marcas, como Liverpool, Manchester United, de gastar mais dinheiro. Isso não é justo! O Crystal Palace tem que jogar contra o Manchester United, que é pode gastar mais com jogadores, não há paridade financeira”, destacou.

Recado aos clubes brasileiros

Textor também cita Flamengo e Palmeiras, ao falar sobre os investimentos feitos no Botafogo.

“Então no Brasil a SAF estimula o investimento de capital estrangeiro no futebol brasileiro. Isso é bom não somente para o futebol, mas para a economia. Então quando assino o contrato da SAF, ele me exige este investimento. Portanto exerci os investimentos exigidos. Tanto na infraestrutura quanto nos atletas. Portanto quando as pessoas apontam que a Eagle está investimento mais que Palmeiras, Flamengo, é óbvio que sim. Porque foi preciso. O Palmeiras e o Flamengo já tinham equipe muito mais madura. Eu tive quatro semanas para formar um time de 27 jogadores e permanecer na primeira divisão. Então é óbvio que nosso investimento é mais alto. É claro que tivemos que gastar mais do que os outros, porque construímos do nada, e o contrato exigia que fizéssemos exatamente o que está sendo feito”

Textor aproveitou para mandar um recado aos clubes (representantes de Flamengo, Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco, Atlético-GO e Palmeiras) que participaram de um encontro realizado na CBF, na última segunda-feira (3), para debater as regras do fair play financeiro no país.

”Estou construindo uma relação com Pedrinho, presidente do Vasco. O Vasco tentou executar a SAF, seu contrato exigia os investidores a investirem até mais do que eu sou obrigado. Achei muito peculiar que o Pedrinho estivesse nesse encontro falando sobre fair play financeiro, só porque sua SAF não funcionou tão bem. Ele tentou fazer a mesma coisa, não funcionou e agora ele está em uma reunião onde não fui convidado reclamando sobre como investimos? Se a 777 ainda estivesse aqui, o Vasco estaria fazendo a mesma coisa agora.”

“O Vasco tinha um valor de investimento muito mais alto que o do Botafogo. Foi surpreendente saber que o Pedrinho estava nesta reunião a qual não fui convidado, discutindo limites de investimento. O Botafogo, sim, está seguindo as regras. 45% das receitas são em folhas. O restante são ativos, como prédios, terrenos. Não se surpreendam que o Botafogo está de volta porque é o Mais Tradicional, o Glorioso. Não se assustem porque a gente não vai sair daqui.”, concluiu.

Pedrinho, inclusive, esclareceu que não participou da reunião sobre o tema realizada nesta última quarta, na CBF, enviando um representante, o CEO Carlos Amodeo.

“Por que John Textor se preocupa tanto com a Vasco SAF? Por que tenta desqualificar o Vasco em uma relação societária que não lhe interessa?”

Leia mais: Pedro rompe o LCA em treino e está fora do restante da temporada

- Anúncio -spot_imgspot_img

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img