Presidente do América e, agora, jogador do Mecão, Romário realizou seu primeiro treino como atleta 15 anos depois de anunciar a aposentadoria. O eterno ‘Baixinho’ está inscrito para a disputa da Série A2 do Cariocão e realizou, nesta quinta-feira (25), as primeiras atividades de volta aos gramados.
Ao final do treinamento, Romário conversou com a imprensa, falou sobre a sensação de voltar a jogar e abriu o jogo sobre o seu futuro como atleta do América, clube que preside.
“Em relação ao treino, estou cansado para caral***. Daqui a pouco vem a maca aí me buscar. Para quem está há 16 anos sem treinar, eu acredito que o geral aqui até deu para correr um pouquinho. A ideia é a gente conversar daqui para a frente”, disse, antes de prosseguir:
“Quero deixar uma coisa bem clara para todos. Eu não vou disputar o campeonato. A ideia é jogar alguns minutos de algumas partidas. Até porque o mais importante para o América nessa competição é a questão técnica”.
Romário também brincou sobre ser jogador e presidente do mesmo clube:
“Toda vantagem. Primeiro, eu jogo na hora que eu quiser, saio na hora que eu quiser. Se o treinador não gostar, eu demito. Se o jogar não me der a bola, eu multo (risos).
A importância de Romário para o futebol brasileiro
Um dos maiores centroavantes de todos os tempos, Romário inspirou – e inspira – gerações de jovens atletas, e está eternizado na história do futebol brasileiro. O Baixinho teve os primeiros contatos com o futebol em 1979, quanto fez testes para o time infantil do Olaria. Logo de cara, foi artilheiro e campeão carioca da categoria.
O enorme destaque o levou ao Vasco da Gama, e foi artilheiro da equipe juvenil do Carioca por três anos seguidos: 1982, 1983 e 1984. No Cruzmaltino, a carreira profissional se iniciou em 1985. Ele permaneceu no Vasco até 1988, quando se transferiu para o PSV. Vale destacar que Romário tem quatro passagens pelo time de São Januário, é ídolo do clube e o segundo maior artilheiro da história, com 326 gols marcados.
Após passagem pelo time dos Países Baixos, Romário acertou com o Barcelona, onde permaneceu nos anos de 1993 e 1994. O Baixinho retornou ao Brasil no ano seguinte, para assinar com o Flamengo. Defendeu o Rubro-Negro em três oportunidades e também se tornou ídolo. No Fluminense, outro rival carioca, não foi diferente, e apesar da breve passagem, eternizou seu nome na história.
Além dos citados, Romário tem passagens por Valencia, Al-Sadd, Miami FC, Adelaide United e America-RJ
Principais títulos por clubes
Vasco da Gama: Taça Guanabara (1986/87 e 2000), Taça Rio (1988 e 2001), Campeonato Carioca (1987 e 1988), Mercosul (2000), Campeonato Brasileiro (2000)
PSV: Campeonato Neerlandês (1988/89, 90/91, 91/92), Copa dos Países Baixos: (1988/89, 89/90) e Supercopa dos Países Baixos: (1992)
Barcelona: Campeonato Espanhol (1993 e 94), Supercopa da Espanha (1994)
Flamengo: Taça Guanabara (1995, 96 e 99), Taça Rio (1996), Campeonato Carioca (1996 e 99), Copa dos Campeões Mundiais (1997) e Mercosul (1999)
Seleção Brasileira
Pela Canarinho, iniciou a trajetória ainda nas categorias de base. Em 1985, foi campeão e artilheiro do Sul-Americano Sub-20. Em 1987, o Baixinho faz a estreia pela seleção principal, comandada por Carlos Alberto Silva, para um amistoso contra a Irlanda. É convocado para a Copa América do mesmo ano, mas o Brasil é eliminado na primeira fase.
Nas Olimpíadas de 1988, é o grande destaque e foi o autor de gols importantes que levaram o Brasil até a final. Em 1989, voltou a disputar a Copa América. No Maracanã, pelo último jogo, marcou o único gol da partida e caiu nas graças dos brasileiros.
Disputou as Copas do Mundo de 1990, mas passou em branco porque retornava de lesão e só disputou uma partida. Nas Eliminatórias de 94, foi responsável por uma das atuações mais memoráveis da história do Maracanã e marcou os dois gols contra o Uruguai, garantindo sua vaga na Copa do Mundo e prometendo o tetra. No Mundial, foi o grande destaque da Canarinho e eleito pela FIFA o melhor jogador do mundo.
Títulos pela Seleção Brasileira
Copa América (1989 e 1997), Copa do Mundo de 1994 e Copa das Confederações de 1997.