O técnico Rafael Paiva cedeu entrevista coletiva após a vitória do Vasco sobre o Cuiabá na última quinta-feira (24), resultado que deu fim a uma seca de mais de um mês sem vitórias ao Cruzmaltino.
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Paiva celebrou bastante o resultado, apesar do desempenho abaixo da equipe. Para o treinador, mais valia a quebra do jejum, mas ele admite que o time esteve abaixo daquilo que pode.
“O resultado era fundamental hoje, a gente tinha que ganhar o jogo de qualquer forma. Sabemos que ficamos muito aquém da nossa forma de jogar, de como a gente gostaria. A gente tinha quase certeza que seria um jogo muito difícil emocionalmente, vínhamos de um peso do jogo do Atlético-MG, de ter tomado aquele gol no final que poderíamos segurar e ter levado para os pênaltis. A gente sabia que ia sofrer hoje. Não conseguimos encaixar o jogo, mas ganhar era o mais importante, 1 a 0 foi goleada para nós.”
O treinador também fez uma avaliação dos confrontos restantes ao Vasco neste Campeonato Brasileiro, sinalizando a postura que o time deve ter para essa reta final de torneio.
“Vamos lutar como oito finais, tentar brigar o máximo que conseguir. O mínimo que a gente tem que buscar é uma competição sul-americana. A vitória de hoje era muito importante, nos dá uma energia nova e vamos competir muito para continuar na primeira página da tabela.”
Situação Payet
Um assunto em alta na última semana nos noticiários ligados ao Vasco é a situação de Payet, que após não ter sido utilizado diante do Atlético, em confronto que custou a eliminação do Vasco na Copa do Brasil, passou a ter seu nome especulado como de uma possível saída em breve.
Sobre o tema e sobre o desempenho do meio-campista, que foi acionado na segunda etapa do duelo contra o Cuiabá, Paiva fez os seguintes comentários.
“Payet é um jogador extremamente profissional, ele tem respeitado muito tudo o que a gente tem colocado. A gente tentou buscar o jogo do Payet junto com o Coutinho e sabia que iria sofrer no jogo contra o São Paulo. Gostaríamos de ter um controle maior, não funcionou. O Coutinho contra o Atlético era muito importante, a gente colocou o Payet menos tempo do que a gente queria. Hoje o jogo estava muito difícil, a gente até tentou colocar o Maxime e o Meneses para ter mais controle e dois jogadores com pé contrário.”
Ele completou seu ponto de vista, dando ênfase maior no que enxerga do francês.
“O Payet entrou muito bem, demonstra o quanto é profissional, o quanto está motivado. Nas conversas em treino, ele puxa o time para cima. Sabe que tem um peso muito grande, e a gente fica muito feliz que, mesmo em pouco tempo, o Payet vem contribuindo muito. É um jogador que está treinando em alto nível de novo, a gente sabe da parte que está desenvolvendo fisicamente, mas temos clareza que na hora que o Payet entrar mais tempo, ele vai contribuir mais ainda.”
Time desgastado pós eliminação?
Questionado se o time carregava algum desgaste após a eliminação na Copa do Brasil para o Atlético, Paiva comentou sobre o tema.
“Acho que o maior desgaste que a gente teve hoje foi mental. Por mais que a gente tivesse total consciência disso e tivesse falado muito disso, a gente tinha que dar resposta hoje, mas o ânimo não é o mesmo. A gente teve externamente no jogo contra o Atlético a torcida foi maravilhosa, apoiou, empurrou o tempo todo. A gente acreditava na classificação. Depois de uma desclassificação dessas de uma competição e de uma grande chance de chegar em uma final que o Vasco há muito não chegava, a gente sabia que ia sofrer muito hoje pelo desgaste mental.”
O treinador também fez uma análise sobre as ausências de Pablo Vegetti e Hugo Moura da partida contra o Bahia, na próxima segunda (29). Ambos receberam o cartão amarelo durante o jogo e, por estarem pendurados, desfalcarão a equipe.
“São dois jogadores da espinha dorsal da equipe, junto com alguns outros jogadores. Vão fazer muita falta no jogo contra o Bahia, mas é hora também de a gente mais uma vez oportunizar outros jogadores mostrarem a qualidade que têm, trabalham muito para isso. Agora temos oito finais que precisamos dar nosso melhor, independentemente de quem entre para jogar.”
O treinador também aproveitou para comentar sobre o retorno de Jair, que voltou a entrar em campo pela primeira vez em nove meses após sua grave lesão, sofrida contra o Flamengo ainda pelo Campeonato Carioca desse ano.
“Jair era um caso muito sensível: tanto tempo fora e em qual momento voltar? Nunca tem um momento tranquilo no Vasco. Eles sabem que sempre vão voltar em dificuldade alta de jogo. Já poderia ter sido relacionado contra o Atlético, a gente achou melhor não porque sabia do peso do jogo e da intensidade. A gente não quis correr risco. Hoje não ia ser jogo fácil, a vitória precisava vir, mas ele já estava se sentindo melhor e mais confiante. Acho que ele correspondeu bem, jogador importante e querido no grupo também. Extremamente experiente, a gente precisa dessa experiência. A gente está muito feliz pelo retorno do Jair, é um reforço positivo.”