Com o encerramento da segunda janela de transferências, Pedrinho, presidente do Vasco, concedeu uma entrevista ao “Canal Igor Rodrigues”. O dirigente vascaíno revelou bastidores do clube, como a contratação de Coutinho e a mudança de ânimo do francês Payet. Além disso, comentou sobre a frustrante busca por um zagueiro.
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Payet, peça fundamental nos últimos jogos do Vasco, enfrentou desafios nesta temporada. Além de ter sido afastado por lesão em três ocasiões, o desempenho do time no início do Campeonato Brasileiro deixou o francês desmotivado. Pedrinho revelou que teve uma conversa longa com o camisa 10, e a evolução da equipe reacendeu seu entusiasmo.
“Ele é muito acima. Quando eu tive os primeiros contatos eu percebi ele muito triste. Tive uma primeira conversa logo após o jogo contra o Flamengo, dentro do vestiário a gente conversou por mais de 40 minutos. O que incomodava ele era a posição do nosso time, porque ele gostaria de brigar por coisas melhores, ele foi desabafando e fomos mostrando a ele que era o início de uma nova construção. Quando as coisas começaram a melhorar, com a chegada do Coutinho também, o semblante dele mudou.”
O mandatário vascaíno também falou sobre o outro craque do time: Philippe Coutinho. Segundo Pedrinho, o pequeno mágico tem se cobrado demais para dar uma resposta.
“Ele está se cobrando demais para dar uma resposta. O que eu falei para ele é ter tranquilidade, que a presença dele já mexe com toda a estrutura. As pessoas estão enganadas sobre ele não dar uma resposta técnica. Coutinho é muito forte, tecnicamente é muito acima da média, a gente vê nos treinos. Ele teve uma infelicidade, veio de uma intensidade diferente, e tenho certeza que ele vai dar uma resposta. Melhora até a qualidade dos treinos, a gente viu jogadores que estavam abaixo terem uma melhora instantânea.”
Falando sobre a reta final da janela de transferências, o dirigente afirmou que a negociação por Ian Glavinovich só não deu certo no último minuto por causa da impressão ruim deixada pela 777 Partners, antiga controlada da SAF, na negociação pelo volante Sfroza.
“É difícil a torcida entender a questão financeira. A gente tem que ter responsabilidade. Perdemos um jogador importante que é o Adson e tivemos que fazer um movimento rápido com o Maxime para recompor num setor que a gente percebe que tem necessidade. Muitos defensores que nós conversamos optaram por não vir para o Vasco e só vai vir quem quer jogar no Vasco”, afirmou o presidente Pedrinho, que acrescentou:
“Na reta quase que final começou a conversa com o Ian, andou bem, mas o Newell’s tem uma resistência com o Vasco porque o antigo sócio não honrou os compromissos em relação ao Sforza. Explicamos que era outra gestão, eles foram colocando situações, fomos ajustando. Foram passando os dias, mas tudo andando, muito bem estruturado para fechar até que eles só mandam o documento assinado depois de meia-noite. A gente não esperava isso. Deu um baque, porque estava muito bem encaminhado. Outros zagueiros pediram valores absurdos, que chegam no nível do Coutinho. Eu não vou causar nenhum dano, é o preço da gestão responsável.“
O Vasco só pode negociar com jogadores livres no mercado, mas Pedrinho reconhece que é uma situação bem mais difícil.
Outros pontos da conversa
John Textor
“O Vasco não vai ficar fora de nenhum debate sobre o futebol. Essas reuniões são mensais e debatem diversos aspectos. O Fair Play financeiro foi um dos assuntos. Me assustou muito o Textor falar, porque eu nunca falei sobre isso. O Textor defende SAF, eu defendo o Vasco. Ele tem que se preocupar com o Botafogo e não com o Vasco. Enquanto eu for presidente, toda vez que ele me citar ou citar o Vasco, ele terá uma resposta à altura. Ele não sabe de 1% do que acontece em São Januário, todas as coisas mentirosas que ele falar ele terá resposta. Me incomoda porque eu nunca fiz nada para ele.”
Falta de investidor
“A gente pegou a grande parte das dívidas e renegociou. O clube também gera suas próprias receitas para começar a rodar. A gente foi passando de fase na Copa do Brasil e isso ajuda, e tem a possibilidade de negociar um ativo para fechar o ano e chegar em 2025 sem ter nenhuma receita adiantada. É o nosso objetivo para poder se reorganizar e seguir.”
Demissão de Álvaro Pacheco
“Eu estava indo com uma frequência enorme no centro de treinamentos e não conseguia entender que a gente teria uma evolução que a gente precisava para vencer os jogos. Não eram processos que eu entendia que a gente teria oportunidades no jogo. Eu tive que ser rápido. O dia a dia me mostra coisas diferentes, eu mudei de visão. Continuo com as convicções que eu falava na televisão, mas o dia a dia mostra que eu tenho que tomar atitudes que eu não gostaria.”
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