O clássico entre Corinthians e Palmeiras, uma vitória por 2 a 0 do alvinegro na Neo Quimica Arena com gols de Garro e Yuri Alberto, deu o que falar após o apito final.
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O duelo, que foi o segundo encontro entre as equipes no atual Campeonato Brasileiro, rendeu algumas falas interessantes de personagens da partida.
O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, foi um deles.
“Nem Senna foi capaz de ganhar todos os anos”
Assim foi a aspa mais marcante de Abel Ferreira após o clássico. O treinador a proferiu durante uma resposta em que questionava a cobrança em cima do Palmeiras para vencer todos os jogos e ganhar todos os títulos.
“Temos de ganhar todos os jogos, todas as competições, mas nem o Ayrton Senna foi capaz de ganhar todos os anos. De fato, não era o resultado que queríamos, por nossa falta de eficiência e os erros que cometemos e oferecemos os gols aos adversários. Os últimos quatro gols foram esquisitos e quem quer ser campeão não pode sofrer. Mas vamos lutar até o fim.”
Além disso, Abel analisou o resultado no clássico, fazendo a sua análise do porquê do Palmeiras ter sido derrotado diante do grande rival.
“O Palmeiras hoje pagou pela falta de eficiência, se tivéssemos a eficácia que o Corinthians teve, que se limitou a defender e aproveitar nossos erros… Fizemos 15 ou 16 arremates contra seis do adversário. Claro que é duro, os jogadores não querem falhar, mas estes erros pagam caro. Ver como sofremos os últimos quatro gols e não traduzimos em gol, apesar de sermos um dos melhores ataques, devemos muitos gols. Poderíamos nos primeiros 30 minutos ter resolvido. Hoje pagamos pela falta de eficiência e por nossos próprios erros.”
“A semana foi braba”
Se de um lado o discurso foi de rebater a pressão, do outro essa pressão foi publicamente admitida. O auxiliar-técnico do Corinthians, Emiliano Díaz, relatou o que foi essa semana de preparação para o dérbi.
“Você entende quando está aqui. Sabíamos a importância de Palmeiras x Corinthians, mas estando aqui… A semana foi braba. Estamos acostumados, desfrutei muito. Mesmo depois da eliminação. A gente que vive e trabalha num clássico é abençoado. Desfrutamos muito, o grupo está desfrutando muito, vinha muito pressionado. Viemos para isso, viver essas coisas. Pessoalmente, estou cumprindo um sonho em trabalhar no Corinthians. Estamos muito contentes, desfrutando muito… É um clássico brabo. Hoje a gente sentiu, desfrutei muito.”
O auxiliar também falou sobre a opção do Corinthians em ir com três zagueiros no clássico e o desenrolar da partida.
“Conhecíamos o adversário, por isso decidimos jogar com a linha de três. Tivemos dificuldade nos primeiros 15 minutos, eles criaram duas ou três situações que poderiam resultar em gol. Por sorte, temos um dos melhores goleiros do Brasil, o Hugo. O time se organizou, começou a jogar, a sair, e jogamos de igual para igual. Foi um jogo muito disputado, lindo para a gente, eles são um grande time, por isso conseguiram coisas importantes. Gostei da atitude do nosso time, de pressionar. Quando há dificuldade, sabe que tem que defender e eles fizeram ao máximo. Cada jogador que entrou, rendeu ao máximo, estamos contentes pelos jogadores. Que a torcida desfrute, porque foi uma grande vitória.”
“Faltou eficácia”
Um dos principais jogadores do Palmeiras, o meio-campista Raphael Veiga fez sua leitura do confronto.
“Perdemos um jogo que não poderíamos perder contra um rival direto nosso, um peso maior. Tivemos oportunidades no começo, faltou eficácia, depois tomamos um gol que complicou o jogo. Estamos chateados, irritados demais, não podíamos perder esse jogo. Difícil falar, vamos fazer o melhor até o final, ver o que fizemos errados. Temos que fazer os gols que a gente cria, uma chance desperdiçada no começo faz diferença no final. Voltar a fazer os gols para as coisas serem diferentes.”
“Quase quebrei o pé”
Autor de um dos gols do Corinthians, o atacante Yuri Alberto relatou quase ter quebrado o pé ao chutar uma cabeça de porco que havia sido arremessada no gramado da Neo Quimica Arena.
“Eu quase quebrei o pé. Pensei que era tipo uma almofada, alguma coisa assim, fui tirar com o pé assim, fui dar um chute para ir um pouco longo, mas era uma cabeça de porco, quase machuquei o pé.”
Em entrevista ao Boleiragem, programa do SporTV, após o final da partida, Yuri relatou o período de seca de gols e a dificuldade que foi passar por ele.
“Eu sempre fiquei quieto, segui lutando, guardo muita coisa, minha terapeuta Rosana me ajuda muito, meu pai também desde a base do Santos me ajudando. Não quero levar problema pra minha família, guardo, isso foi me sufocando, foram momentos difíceis, de humilhação para mim e para a família. Alguns torcedores enchiam o saco, tivemos de mudar de camarote. Nos aquecimentos, se eu não fazia um gol, ficavam gritando. Foi difícil passar por esse momento, mas sou grato a minha família.”
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