O Michael foi finalmente apresentado nesta sexta-feira (23), na coletiva de imprensa feita pelo Flamengo no Ninho do Urubu. Michael é o primeiro reforço do Flamengo na atual janela de transferências. O atacante concedeu uma entrevista coletiva para jornalistas e esclareceu algumas dúvidas e histórias de bastidores de sua transferência.
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Esta foi a primeira manifestação pública do jogador, após a confirmação de seu retorno ao time Rubro-Negro. Logo na primira fala, Michael garantiu que atualmente, pode oferecer ainda mais ao Flamengo, depois de sua boa passagem no Al-Hilal, da Arábia Saudita. O atleta assinou contrato com o clube carioca por quatro temporadas, ou seja, até dezembro de 2028.
“Quero agradecer o carinho e a atenção. Não foi fácil, mas entramos num acordo para chegar aqui para que eu possa dar o meu melhor. Eu era muito querido por todos, mas tinha um desejo muito grande de voltar ao Brasil. Queria muito voltar a esse clube. Sobre parte de valores, é diferente, mas, quando a gente falou em 2022, não era um adeus, era um até breve. Falei para o Marcos Braz algo que nunca esqueço: eu vou, mas sempre que voltar vou notificar. Não é que o Flamengo me quer, eu que tenho perguntar se eu posso voltar. Já ganhei títulos, já perdi títulos, mas sempre dei o meu melhor […] Seja da maneira que for, estarei sempre torcendo para ganharmos. Esse clube dá a oportunidade de estar sempre brigando por títulos”.
Questionado sobre sua volta ao Flamengo, Michael cita:
“Mais feio, um pouco mais velho, um pouco mais experiente. Ganhei mais títulos, volto procurando contribuir com eles, que já ganharam. Quando saí, o Flamengo ganhou título, eu também ganhei. Volto mais experiente, tentando contribuir um pouquinho mais. Acho que essa é a grande diferença.”
“Quando o Flamengo chama eu não tenho que escolher eu só tenho que aceitar. Eu resolvi tudo e vim embora. Eu queria muito voltar e estou muito feliz. Eu espero retribuir todo o carinho que as pessoas têm por mim.”
Perguntado sobre qual o lado de campo que ele tem preferência em jogar, Michael respondeu da seguinte maneira:
“Joguei no Goiás pela direita, pela esquerda, mas eu prefiro pela esquerda. No Flamengo e no Hilal, joguei pelos dois lados. É correr, né? Pensar eu deixo para o Arrasca e os outros meninos. Meu negócio é correr. Eu prefiro jogar pela esquerda, mas, se tiver que jogar pela direita, estarei sempre pronto para ajudar o Flamengo. Se tiver que correr, nós estamos juntos. Para pensar, tem que chamar os outros.”
Como atuou com Neymar no Al-Hilal, não teve como correr de perguntas relacionadas ao craque brasileiro.
“Eu zerei a vida. Porque tive a oportunidade de conhecer o Neymar. E joguei com ele, trabalhei com ele. Foi maravilhoso. Depois tive a oportunidade de jogar contra o Cristiano Ronaldo e contra o Messi. E fiz gol nos dois jogos. Neymar é um cara incrível, ser humano de coração incrível. Além de ser aquele cara brincalhão, dá um papo bom para tu. Ele dava muito conselho. Para mim, ele é o melhor. Sou brasileiro e torço muito para que ele recupere.”
A escolha pelo número 30 foi por estar sobrando, disse Michael:
“Vi aquele número e ninguém tinha ele. Eu não ia arrumar discussão. Quero vir, contribuir e ajudar. Número que me agradava e agradava ao clube.”
Perguntado sobre a convivência com seu ex-treinador Jorge Jesus, no Flamengo e no Al-Hilal, Michael ironiza a forma que o comandante fala com seu sotaque do português de Portugal.
“Quando cheguei aqui, ele era o treinador. Não cheguei muito pronto ao Flamengo, eu era garoto. Na parte mental e física eu não era o Michael que sou. Ele falava “F…-se, sem a bola tu é burro pra c…”. Filipe Luís gritava: “Animal”. Tu não sabe o que tu faz com a bola, dizia o Mister. Eu jogava com instinto.”
Michael contou também da resenha que teve com o goleiro marroquino Bono, companheiro do clube saudita na época, antes de voltar ao Flamengo. O goleiro perguntou onde ele iria jogar, e a resposta foi com um vídeo da torcida nos jogos do Flamengo, que fez com que o marroquino se animasse.
Sobre o retorno para o Flamengo, Michael já vinha conversando:
“Eu já tinha conversado com o clube um ano atrás, que eu queria voltar. O clube falou que Jorge Jesus estava chegando e que contava muito com ele. Jorge falou: “Não vai, mas no fim da temporada eu te prometo”. Eu queria muito voltar. Não tinha conversado nada porque eu não tinha certeza. Meu staff conversou com vários clubes, tanto lá como aqui, mas Deus foi maravilhoso e muito bom porque há uma semana o Marcos falou com o Du (empresário): “Como é que estamos?”. Falei: “Bora, não quero nem ouvir valor”. Não somos nós que escolhemos o Flamengo, é o Flamengo que escolhe. Não somos obrigados a prometer nada, somos obrigados a cumprir o que prometemos.”
O atacante já entrou BID e está liberado para jogar. Com situação regularizada junto à CBF, Michael não tem restrições para ir a campo no próximo jogo do Flamengo, pelo Brasileirão. O Mais Querido encara o Bragantino às 20h (horário de Brasília) do domingo (25), no Maracanã, pela 24º rodada do Campeonato Brasileiro. Com 41 pontos, o Mengão ocupa a quarta posição e precisa vencer para se reaproximar da liderança, que hoje pertence ao Botafogo, com 46 pontos.
Vendido pelo Flamengo no ano de 2021, Michael estava na Arábia Saudita, onde conquistou diversos títulos. Xodó da torcida e comissão técnica, o robozinho só deixou o clube saudita por conta da limitação de estrangeiros no elenco. Desta forma, ele foi liberado para que a equipe pudesse inscrever Neymar, grande estrela do plantel.
De volta ao Flamengo, Michael sabe que terá que se readaptar ao futebol nacional. Isso porque, o Rubro-Negro é o único time na disputa dos títulos das três principais competições, Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão. Além disso, o Fla enfrenta uma onda de desfalques, assim necessitando de nomes experientes à disposição.
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