A crise nos bastidores da Premier League ganhou novos contornos com a troca de acusações entre o Manchester City e a própria liga.
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O clube enviou uma carta aos outros 19 times do Campeonato Inglês e à Federação Inglesa de Futebol (FA), afirmando que as propostas de mudança no regulamento para acordos comerciais seriam “ilegais“.
Embora o City não tenha divulgado o conteúdo do documento, detalhes vazaram para a imprensa britânica, aumentando a tensão às vésperas da votação, marcada para a próxima sexta-feira (22).
O objetivo da reunião será deliberar sobre mudanças nas regras de Transações entre Partes Associadas (APT), que buscam coibir acordos comerciais inflacionados envolvendo patrocinadores ligados diretamente aos proprietários dos clubes.
O Manchester City argumenta que as alterações serão votadas de maneira precipitada e “às cegas”, sem análises aprofundadas dos impactos. Essas regras são particularmente relevantes para o clube, que já enfrentou um processo judicial relacionado ao tema.
Embora o tribunal tenha emitido uma decisão favorável à Premier League, detalhes adicionais ainda aguardam esclarecimentos.
Por sua vez, a Premier League não deixou o ataque sem resposta. Em outra carta enviada aos clubes, classificou os argumentos do City como “infundados” e reafirmou a legitimidade das mudanças propostas.
A liga defende a necessidade de maior transparência financeira, principalmente em um cenário onde diversas equipes, como o Everton, enfrentam dificuldades financeiras e dependem de empréstimos dos seus proprietários.
Esse embate ocorre em paralelo ao chamado “Julgamento do Século”, onde o Manchester City responde a 115 acusações de violação das regras de fair play financeiro.
O caso, que pode ter implicações drásticas para o clube, como multas ou até exclusão da Premier League, adiciona ainda mais combustível à disputa sobre as regras comerciais.
Enquanto o resultado da votação permanece incerto, é evidente que o clima nos bastidores do futebol inglês segue cada vez mais polarizado, com desdobramentos que podem redefinir as relações entre clubes, liga e patrocinadores nos próximos anos.
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