Paul Francis, um jovem ponta-esquerda de 19 anos das Ilhas Salomão, vive um momento crucial em sua carreira.
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Após se destacar no Real Kakamora, um dos principais times de seu país, ele se transferiu em janeiro para o Nasinu FC, de Fiji, buscando novos desafios e visibilidade no futebol da Oceania.
Em entrevista exclusiva para o BTB Sports, Francis falou sobre seus sonhos, as dificuldades de ser jogador em um continente com pouca estrutura e a esperança de ver sua seleção na Copa do Mundo de 2030, que pode ter 64 seleções.
A mudança para Fiji e o sonho de jogar fora da Oceania
Francis começou sua carreira no Henderson Eels, passou pelo Waneagu, mas ganhou destaque no Real Kakamora, chamando atenção de clubes de outros países da região. Sobre a decisão de se mudar para o Nasinu FC, ele foi sincero:
“Bem, primeiro eu teria adorado ficar no Kakamora, pois agradeço a eles por aumentar minha popularidade, mas tem havido preocupações muito sérias sobre o declínio da S-League (liga nacional das Ilhas Salomão) ultimamente. Eu procuro jogar um dia fora da Oceania. Acreditava que jogar pelo Nasinu FC seria o melhor próximo passo na minha carreira.”
O jovem atacante sonha em jogar em ligas mais competitivas, especialmente na Europa, e não esconde sua admiração pelo Barcelona:
“Meu favorito é o Barcelona, mas eu ficaria feliz com qualquer clube.”
Desafios do futebol nas Ilhas Salomão
Francis destacou as dificuldades enfrentadas pelos jogadores em seu país natal, onde o futebol ainda está longe de ser totalmente profissional:
“Definitivamente há algum apoio da federação, mas, em última análise, não há fundos suficientes para nos apoiar completamente. Todos os clubes da Oceania… até mesmo o Auckland City (clube da Nova Zelândia, melhor time do continente) não são totalmente profissionais. Eu trabalho em um segundo emprego paralelo quando não estou jogando.”
Apesar das dificuldades, ele vê com esperança a criação de uma liga profissional continental pela OFC (Confederação de Futebol da Oceania):
“Felizmente, a OFC está estabelecendo uma liga profissional continental em breve. O Kakamora se candidatou.”
A Copa do Mundo de 2030 e o sonho de classificação
A possível expansão da Copa do Mundo para 64 seleções em 2030 pode ser uma grande oportunidade para as Ilhas Salomão.
Atualmente, a Oceania tem apenas uma vaga garantida para o Mundial de 2026, com uma segunda vaga possível na repescagem. Com a ampliação, o continente pode ganhar mais uma vaga direta, aumentando as chances de países como as Ilhas Salomão.
Francis não esconde o desejo de ver sua seleção em um Mundial:
“Com certeza. Seria um ótimo momento para representar nosso país no cenário mundial. Muitas pessoas nem sabem que nosso país existe.”
Além disso, ele sonha em ser uma inspiração para os jovens de seu país:
“Sonho em um dia jogar no exterior ou com o Kakamora na Liga Profissional da OFC. Quero levar as Ilhas Salomão à sua primeira aparição na Copa do Mundo e quero ser uma inspiração para todos no meu país.”
O futuro de Paul Francis
Com apenas 19 anos, Francis já acumula experiência na seleção de seu país, tendo sido convocado para as eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Embora as Ilhas Salomão já estejam eliminadas da disputa, o jovem vê a Copa de 2030 como uma nova chance de realizar o sonho de representar seu país no maior palco do futebol mundial.
Enquanto isso, ele segue focado em evoluir como jogador e em buscar oportunidades que possam levar seu talento para além da Oceania. Com humildade e determinação, Paul Francis carrega não apenas o sonho de jogar no exterior, mas também a esperança de inspirar uma nova geração de jogadores em seu país.
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