O Flamengo de Filipe Luís venceu o Atlético-MG por 3 a 1 no domingo (03), válido pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil. Gabigol foi assunto principal na coletiva de imprensa de depois de marcar dois gols.
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Filipe Luís ressaltou a importância de confiar no atacante que tem e citou que não dá para ensinar um atleta a ser decisivo.
“Você não consegue ensinar um jogador a ser decisivo. Você tem ou não tem. Existe um ditado de que o gol se compra, e concordo muito. O Gabriel tem gol, não à toa é um dos maiores artilheiros desse clube, um dos maiores em finais. hoje vimos uma das melhores versões dele no campo. Mérito dele. Trabalhou, acreditou, obedeceu e escutou em todos os treinamentos. Se dedicou, tratou, fez academia quando tinha que fazer, viu vídeo quando tinha que ver. Não existe sucesso sem trabalho. Trabalhou e hoje colheu os frutos. Acredito que ele ainda tem muito pela frente a oferecer, e não pode parar por aí”, disse.
Ainda sobre Gabigol, Filipe Luís voltou a falar sobre a ‘insistência’ de recuperar o bom futebol do atacante. Desde a entrada de Filipe no comando do Mengo, apostou no atacante como titular absoluto no ataque rubro-negro.
“O Gabi é 9, é o 9 disponível do time para essa final. Tem gol, sabe fazer. Claro que vou insistir na recuperação de um jogador, ninguém esquece como se joga futebol. E para que ele possa oferecer a equipe o que não estamos tendo com a lesão do Pedro, que são gols. O time tem que criar chances para que ele possa marcar, e aí ver a melhor versão do Gabi. Mas o mérito é todo dele. Foram muitos jogos em que ele não viu a recompensa, e isso frustra. Enquanto um jogador tá comigo, nunca vou desistir dele, seja ele quem for. Vaiado, cobrado, criticado, vou tentar recuperá-lo porque por algo ele está aqui. O mesmo que falo do Gabi, falo para os outros”, declarou.
Sem afobação
Filipe Luís rejeitou qualquer celebração antecipada e exaltou o adversário.
“Foi um grande jogo. Muito difícil. Não é a toa que estamos enfrentando um finalista da Libertadores. Fiquei feliz com o que vi em campo. Para mim, o jogo de volta é como se estivesse 0 a 0”, disse.
O treinador voltou a frisar que o confronto não está decidido. Para o treinador, qualquer coisa pode acontecer em Minas e é preciso estar preparado.
“Calma, ainda tem 90 minutos. Estamos muito longe do título ainda, posso garantir isso. Tenho máximo respeito pelo futebol, temos que entender o momento e respeitá-lo. Vocês podem até falar que tá perto, para mim está muito longe.”
Arrascaeta
Filipe Luís elogiou também o meia uruguaio. Para o comandante, o uruguaio entrega “suor e sangue” pelo time rubro-negro.
“Desde que cheguei, o Arrascaeta está jogando em pleno sacrifício. Suor e sangue pelo Flamengo , e admiro muito esse tipo de jogador que tolera a dor e vai pro sacrifício, coloca o Flamengo acima de tudo. Um jogador que precisa passar por uma cirurgia e tá aí, deixando o joelho dele em campo. Provavelmente vai pagar o preço em alguns anos, mas coloca o Flamengo acima de tudo. Para mim, é muito louvável.”
“Acredito que esse elenco é extremamente qualificado, quanto mais o jogador joga melhor ele fica. Somos seres humanos que somos uma máquina que têm que se adaptar. Esse grupo vem aguentando bem e terminar o jogo exausto é normal.”
Plata
O atacante Gonzalo Plata esteve em campo até os 43 minutos do segundo tempo. Na entrevista, o técnico Filipe Luís explicou a escolha pelo ponta equatoriano.
“Foi uma escolha tática. Eu não olho nomes e idade, olho características e funções. Não vou acertar sempre, vocês estão aí para julgar, mas vou com as minhas convicções. Plata fez um bom jogo, entendeu perfeitamente o que eu queria dele. Se entendeu bem com o Wesley e o Gerson. Ele tem o um contra um determinante. Jogador com ritmo do jogo vemos a melhor versão.”
Evertton Araújo
A joia do Ninho, Evertton Araújo, vive grande momento e tem o aval do comandante do Flamengo. Filipe Luís citou o atleta bem disciplinado, fazendo com que seja um dos preferidos para a função.
“O Everton Araújo é um jogador super, extremamente disciplinado. E para essa posição, eu acho que o número um que a gente precisa é a disciplina tática dos volantes. E ele tem isso. Ele está onde tem que estar em todo momento, ele cobre bem o campo, ele dá opção de passe quando tem que dar e ele vem evoluindo muito na função dele e fazendo o que eu peço para a equipe.”
Para o jogo de volta, pode-se pensar que Evertton Araújo ainda seja muito jovem. Mas Filipe indica não levar em consideração se é um jovem da base ou um atleta experiente quando escala a equipe.
“Passei no Sub-17, no Sub-20, já joguei com o Everton Araújo, e para mim, o jogador quando ele treina, ele não tem passado. Ele não tem idade. Para mim, são todos iguais. Eles estão me demonstrando alguma coisa no treinamento, independente se ele tem 16, 17 anos, ou se ele tem 38.”
“Se eu estou vendo ele no treinamento, ele está fazendo o que eu quero e eu vejo a disciplina tática, não me importa se ele veio da base. Se ele ganha menos, se ele ganha mais, se ele tem história, se ele não tem história. Eu coloco quem eu acho que é melhor para a equipe.”
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