Durante a manhã desta quarta-feira (26), o treinador Fernando Diniz cedeu entrevista coletiva em um hotel no Rio de Janeiro e deu seu primeiro pronunciamento oficial após a sua saída do Fluminense, na última segunda-feira (24).
O técnico deixou a equipe após dois anos e duas conquistas inéditas para o clube: a Copa Libertadores e a Recopa Sul-Americana.
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A entrevista coletiva foi uma iniciativa de sua assessoria, que buscou evitar que crescessem burburinhos ligados à sua saída.
Ela veio um dia após o pronunciamento oficial do presidente do Fluminense, Mário Bittencourt. Dessa forma, serviu para corroborar em alguns pontos mencionados pelo comandante do futebol tricolor na ocasião.
Fernando Diniz foi muito emocional ao falar sobre sua passagem sobre o Fluminense, sobre seu retorno em 2022. Ele havia comandado a equipe em 2019, também sob o comando de Mário Bittencourt, e havia criado uma relação muito íntima com o time das Laranjeiras.
Nessa sua primeira passagem, não conquistou taça alguma, mas pôde apresentar algumas das credenciais que se tornariam características do seu time na segunda passagem.
Nesta segunda ocasião, ultrapassou a marca das 150 partidas pelo tricolor, tendo conquistado duas vezes o Campeonato Carioca, uma vez a Copa Libertadores, e uma vez a Recopa Sul-Americana, além do vice-campeonato do Mundial de Clubes.
Como foi a entrevista?
Diniz abordou sobre alguns temas ligados à sua carreira durante a entrevista. Para começar, projetou seus próximos passos na carreira, revelando que não pretende assinar com nenhum clube por enquanto.
“Não pretendo trabalhar imediatamente. Neste primeiros momentos, preciso descansar. Estou muito mexido com o que aconteceu.”
Em seguida, revelou o seu sentimento pelo Fluminense pouco após a saída do clube.
“É um sentimento muito grande de gratidão pelo Fluminense. E muito grande de tristeza porque não queria que terminasse. É muito lembrança, muita emoção vivida para mim e para a minha família. Vai ficar marcado porque é assim que eu sou. Eu queria muito estar aqui de volta.”
Ainda sobre essa relação, Diniz se declarou.
“O Fluminense foi o grande presente na minha vida essa volta em 22. Conseguimos juntos uma coisa muito importante para o clube, para a torcida e para mim. Foi um casamento que se não foi perfeito foi quase perfeito. Sempre tive uma conexão grande com o clube e com a torcida. Nada vai mudar isso. Fica o meu agradecimento.”
O treinador aproveitou para falar sobre a conquista da Libertadores, feito inédito para o clube e para a sua carreira.
“Conseguimos chegar onde o Fluminense merecia. Não só o título da Libertadores, mas a maneira como ele foi conquistado. Um time que precisava muito disso e um orçamento de muita limitação para brigar. Um título histórico e recheado de elementos que torna a conquista muito mais que a Glória Eterna. A maneira que foi construído, fica ainda mais bonito. O Fluminense chegou onde merecia e onde eu gostaria.”
Diniz se emocionou em alguns momentos da entrevista, deixando clara a força do seu sentimento nesse momento de saída do clube carioca.
“Eu sou muito tranquilo para dar entrevista, mas…(pausou e se emocionou)…estou muito mexido ainda com minha saída do Fluminense por tudo que representou na minha carreira e por tudo que vivemos aqui. De uma maneira bem breve, é uma entrevista, principalmente, para me despedir da torcida, porque já me despedi dos jogadores, lá do CT, funcionários e diretoria. Eu queria me despedir da torcida e de vocês jornalistas também, de uma maneira bonita, como foi nossa relação o tempo todo que tive aqui. Tivemos um ou outro problema, mas sem rancores, sempre resolvido com muita generosidade. Então em alguns momentos pode ser que seja difícil (a entrevista), porque estão sendo dias bem difíceis para digerir. Certamente vai passar e vai ficar todo mundo bem.”
É a segunda vez que Fernando Diniz passa por uma saída do Fluminense. Em 2019, também havia sido demitido, também por Mário Bittencourt. O treinador teceu diversos elogios ao presidente durante a entrevista, deixando claro que não há rancor algum entre os dois profissionais.
O Fluminense terá Marcão à beira do gramado contra o Vitória na próxima quinta-feira (27). Segundo dito por Mário Bittencourt em entrevista, é provável que o auxiliar seja quem comande o clube por algum tempo, sem que seja gerada pressa pela vinda de um treinador nesse momento.
