Estreando pelo Vasco, o treinador Álvaro Pacheco viu o time sofrer a sua maior derrota em um clássico para o Flamengo, perdendo por 6 a 1, neste domingo, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Na coletiva pós jogo o português assumiu a responsabilidade pelo resultado e pediu desculpas aos torcedores.
“Aquilo que tenho que dizer, em primeiro lugar, é pedir desculpa. O resultado aconteceu e eu sou o responsável enquanto treinador. Foi um resultado que não queríamos. Aquilo que foram os primeiros minutos, começamos muito bem. Conseguimos equilibrar, fomos capazes de marcar um gol e tivemos chances de fazer o segundo. Depois que sofremos o gol a equipe perdeu um pouco o controle emocional. Tenho que pedir desculpas. Não muda nada na minha convicção, naquilo que vai ser o meu trabalho e na equipe que vai dar orgulho no futuro. Temos que sentir essa derrota que foi um peso e ter a noção do que temos que fazer para nos tornarmos mais fortes”, pontuou
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Álvaro Pacheco elogiou os primeiros 30 minutos de jogo do Vasco, mas acredita que a equipe se perdeu após o empate do Flamengo.
– Quando está criando uma identidade nova, aconteceu um imprevisto, eles esqueceram das referências novas e foram para as antigas. A equipe passou a pensar individualmente. Começou a saltar na pressão e a permitir muitos espaços ao Flamengo. Quando ficamos com um a menos, esses espaços ficaram mais evidentes.
Os comandados de Álvaro Pacheco voltam a campo em 11 dias. No dia 13 de junho, contra o Palmeiras, no Allianz Parque. A de São Januário é o 13º colocado no Brasileirão, com apenas seis pontos somados em sete jogos.
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Outros pontos da coletiva
David
“Foi opção tática. Tenho 36 jogadores, só poderia convocar 23 e a questão do David foi opção tática.”
Início de jogo
“Olhando para aquilo que foi nossa entrada, sentimos uma equipe com uma capacidade de controle do jogo e focada naquilo que viemos treinando. Aquilo que estamos tentando implantar são hábitos novos. Em momentos de aflição, os hábitos antigos muitas vezes voltam a aparecer.”
“Criamos a situação de o Rayan ir para dentro e poderíamos ter feito o segundo. O Vegetti também. Até então, o Flamengo não tinha criado oportunidades.”
Rayan
“O Rayan saiu porque sentiu um desconforto na coxa, ele no intervalo disse que sentiu a coxa e que não tinha condição de jogar.”
Sequência
“Quando está construindo uma ideia de jogo em meio a uma competição, não dá tempo para planejar de forma mais sucinta. Hoje tivemos alguns momentos bons também no momento ofensivo. Acho que o que falta mais ao Vasco é ser mais agressivo, olhar para aquilo que é o espaço frontal.”
“Mas é o que eu digo, isso vai demorar um tempo. Temos que olhar o que fizemos bem, o que ainda não fomos tão consistentes. Para podemos ser melhores no futuro.”
Medel
“O que eu posso falar é que tenho 36 jogadores e que todos estão treinando. Medel está entre esses jogadores. Estou aqui há nove dias, tive que fazer a minha seleção.”
“Hoje, pensei que esses jogadores estavam melhor preparados. No futuro, se a equipe precisar do Medel, ele pode jogar. Vai depender do que é o crescimento da equipe e daquilo que eu achar que é o melhor para o Vasco.”
Recado para torcida
“Além de reforçar o pedido de desculpas, o que peço é para acreditar. Que aquilo que vamos construir vai deixa-los orgulhosos. Quando se está criando uma ideia de jogo em meio a um contexto competitivo tão denso, leva tempo. Peço que não deixem de acreditar na equipe.”
Esquema com três zagueiros
“Se você me perguntar se o elenco está construído para jogar com uma linha de cinco ao longo da temporada, não, não está. Só temos cinco zagueiros. Evidente que para jogar com três zagueiros precisamos de no mínimo seis.”
“A questão é que na forma que temos treinado, a proposta de jogo é eles serem capazes de ver a realidade do jogo. É criar condições de crescimento para a equipe ficar sustentada e ter essas nuances, de jogar com três ou com linha de quatro.”
Conversa no vestiário
“Aquilo que tentei passar enquanto líder é que nesses momentos de dificuldade e de vergonha, o grupo tem que se unir e perceber o que temos que fazer para pôr o Vasco no patamar que merece. O único culpado sou eu.”
Consequências do resultado
“Este jogo abala e deixa marcas. Temos que ser capazes de perceber o que temos que fazer para que o próximo não marque. Temos que nos tornar mais fortes e mais capazes para que quando jogarmos um jogo com essa dimensão, com pormenores importantes, deixar de ser quem nós somos por uma incidência do jogo.“