A tarde da última quarta-feira (03) foi de um momento histórico para o Vasco da Gama, pois o prefeito Eduardo Paes, declaradamente vascaíno, assinou uma lei que viabiliza a venda do potencial construtivo de São Januário para um terreno na Barra da Tijuca.
O político fez essa assinatura diretamente de São Januário, aproximadamente duas horas antes do início da partida entre Vasco e Fortaleza, válida pela décima quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O feito foi extremamente celebrado pelos torcedores presentes e contou com a presença do presidente do Vasco, Pedrinho.
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A assinatura foi somente o passo final de uma longa tramitação, que já perdura mais de três anos. Ela teve seu início ainda na gestão presidencial anterior do Vasco da Gama, comandada por Jorge Salgado.
Seu andamento se deu com o apoio de um grupo de arquitetos, liderados pelo vascaíno Sérgio Dias. Em conjunto, formularam um projeto para reforma e ampliação do estádio São Januário.
Esse projeto passou por ajustes, até que foi levado à Câmara dos Vereadores. Lá, passou por mais ajustes, até que se tornasse, de fato, um projeto de lei.
Esse projeto de lei não garante diretamente a reforma em si, mas sim a arrecadação de recursos para que ela seja feita. Além disso, garante que esses recursos não sejam desviados para outros fins, senão a realização da reforma do estádio.
Desde que assumiu a presidência do Vasco, o ídolo vascaíno Pedrinho tem feito o possível para acelerar esse processo. Usando de sua influência no plenário, garantiu a aceleração de alguns processos que poderiam demandar um pouco mais de tempo, senão pela influência do ex-jogador.
O processo em si teve seu início ao começo de 2024, com seu fim previsto somente para o final do ano. Contudo, isso retardaria o início das obras, então Pedrinho havia traçado o foco em tornar este processo mais dinâmico, visando garantir o início das obras o mais rápido possível.
“Tenho sido chato, inconveniente para que a gente consiga assinar o potencial obviamente passando por todos os processos o mais rapidamente possível, sem promessas, porque isso depende muito dos trâmites naturais. Se tudo correr dentro de uma normalidade e das perspectivas, se iniciar a obra em dezembro. Isso é um desejo. Pode acontecer? Pode, porque tudo está caminhando de forma muito positiva e é um sonho realizado se isso acontecer.” disse Pedrinho, ao fim da primeira audiência pública pela aprovação do projeto de lei, realizada em maio de 2024.
Projeto de lei aprovado. E agora?
Com o projeto de lei sendo aprovado, o próximo passo é realizar a venda deste potencial construtivo. Para isso, será necessário encontrar um comprador.
De acordo com Pedrinho, já existem propostas não só pela compra do potencial, mas por compra de partes do novo estádio, como naming rights e seções do futuro local.
“A gente vai abrir ao mercado todas as possibilidades de investimento. As propostas para as diversas áreas que a gente tem ali, de restaurantes, naming rights, camarotes, cadeiras cativas. Tudo isso vai ser muito bem elaborado agora com a finalização do PL para que a gente possa ir ao mercado, para entender o cenário, o valor da marca, para a gente viabilizar ainda mais receitas e com isso de repente mudar alguma estrutura dentro do estádio, dependendo também da parte financeira.”
As reformas são previstas para iniciarem-se em dezembro, com previsão de término somente em 2027, ano em que se comemorará o centenário da fundação de São Januário. Caso feito dessa forma, será histórico ao torcedor cruzmaltino, pois poderá celebrar sua nova casa justamente no ano em que uma marca histórica se realiza em relação à sua casa.
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