Diniz reconhece mau momento, mas crava: “está voltando”

Treinador do Fluminense, Fernando Diniz, confirma má fase, porém projeta melhora da equipe para as próximas partidas

A noite da última quarta-feira (19) foi de derrota tricolor. O Fluminense viajou a Belo Horizonte e foi derrotado para o Cruzeiro por 2 a 0, com gols de William (2). A derrota foi a terceira seguida, além de ser a quarta partida consecutiva do tricolor sem vencer.

Fernando Diniz avaliou o momento da equipe, além de ter dado sua opinião sobre alguns assuntos que envolvem a atual situação do Fluminense na tabela do Brasileirão.

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A entrevista coletiva pós-jogo de Cruzeiro 2×0 Fluminense serviu para clarificar algumas visões do treinador sobre o momento atual vivido pelo clube. Extremamente criticado pelo torcedor por conta do momento em que se encontra a equipe, Diniz esclareceu sua visão sobre alguns pontos relacionados ao time em si, além da partida contra a equipe mineira.

Análise sobre a partida

Perguntado sobre como analisa a partida, Fernando Diniz disse o seguinte: “O time hoje não foi o mesmo que jogou contra Juventude, Botafogo ou Atlético-GO. O jogo de hoje não tem nada a ver com os outros. Jogamos bem contra o Cruzeiro, time todo mexido, com muitos jogadores fora. A equipe conseguiu produzir, poderia ter ganhado o jogo, mas perdeu. Teve um pênalti que, na minha opinião, foi inexistente. O árbitro teve interferência direta na partida.”

“Se você for falar da temporada (2024)… Quando a gente estava com vento totalmente a favor, com a torcida do nosso lado e estava mais fácil, a gente foi muito leniente. Eu atribuo isso muito à conquista da Libertadores. E agora a equipe está voltando. No jogo de hoje, acho que deu uma resposta positiva que não se traduziu no resultado do jogo. O time pode voltar a fazer uma grande temporada.” ele complementou.

Incômodo de estar na lanterna e risco de demissão

Perguntado sobre se estar na lanterna do Campeonato Brasileiro incomoda e sobre como se sente com as notícias dando conta de sua demissão, Fernando Diniz revelou o seguinte: “Lógico que (estar na lanterna) mexe. É um sentimento horroroso. Muito ruim. Tem que ser forte, trabalhar muito e achar soluções para que o Fluminense saia dessa situação. Tem todas as condições de sair disso […] (Sobre reuniões para uma possível demissão) Temos reuniões de maneira natural, a gente não tem reunião por conta só do momento. As reuniões acontecem toda semana, quase todo dia eu tenho reunião com o Paulo Angioni. Falo com o Fred, então não é nada assim alarmante.”

Ainda sobre o assunto, mas abordando um ponto de vista diferente, Diniz disse que: “Quando eu falei de mudança, não é em relação necessariamente a peça, é em relação ao estado anímico do time, de como se comportar, como marcar, como construir, e na minha opinião hoje a gente teve uma mudança significativa no sentido de como a gente se comportou diante do Cruzeiro aqui.”

Fernando Diniz durante atividade de treino do Fluminense (Lucas Merçon/Fluminense)

Por que tanta diferença nos desempenhos do Brasileiro, da Copa do Brasil e da Libertadores?

Perguntado sobre o porque da equipe performar tão bem em copas, mas sofrer para pontuar no Campeonato Brasileiro, o treinador opinou: “É uma coisa que não gosto, mas não me preocupa. Ninguém gosta de estar com o nome na arquibancada pedindo saída. Mas é uma coisa que sei acolher com respeito, já falei outras vezes. A gente não conseguir resultado é muito determinante para as análises, mas nos jogos do Brasileiro, posso citar um a um. Pelo que produzimos, embora a equipe esteja devendo, tivemos muitos jogos… Na minha opinião, o Fluminense não merecia perder (contra o Cruzeiro). Contra o Atlético-MG, tínhamos 2 a 0, partida na mão, tivemos a chance de fazer o terceiro e tomamos o empate. Contra o São Paulo, tomamos o gol nos últimos minutos. Contra o Atlético-GO, coisa parecida. Tínhamos 1 a 0, tivemos chance de fazer o segundo e o terceiro, não fizemos, mesmo não produzindo tanto.”

Ainda sobre a temática, Diniz divagou sobre a relação entre desempenho e resultado: “O resultado não vem, e a análise fica muito em cima do resultado. O torcedor, eu entendo de maneira completa. Trabalhou muito e agora chegou no teto? Se não for o teto e o time começar a ganhar, aí vai mudar a opinião, porque o resultado vem. Se jogar mal e ganhar três, quatro, cinco jogos, aí o trabalho já não ficou mais no teto. É uma coisa que não consigo ver dessa forma. Vejo ao contrário disso: não vejo teto para trabalho, a gente sempre tem coisas para melhorar. Quando chega numa fase dessas, e talvez seja um desejo pessoal também, que ocorra uma mudança. O futebol é uma coisa cruel, essa máquina de moer gente o tempo todo em que a gente fica submetido ao resultado dos jogos.”

Diniz e o Fluminense voltam a campo no próximo domingo (23) para enfrentar o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro.

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