Fernando Diniz buscou manter a serenidade após a derrota do Cruzeiro por 3 a 1 para o Racing, na final da Copa Sul-Americana, no último sábado (18), no Estádio General Pablo Rojas, no Paraguai.
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O treinador defendeu suas decisões táticas, analisou as falhas defensivas que custaram o título e reforçou a confiança no projeto do clube mineiro.
“Eu acredito que o time que começou a partida era o correto, baseado no que vínhamos treinando. Contra o Lanús, na semifinal, Walace fez um grande jogo e, por isso, mantive a escolha. Mas o início da partida foi ruim coletivamente, sentimos o peso da decisão e acabamos cometendo erros que nos custaram dois gols. No segundo tempo, tivemos uma melhora e até poderíamos ter empatado a partida”, comentou Diniz.
Apesar do resultado, o técnico destacou o valor de o Cruzeiro voltar a disputar uma final internacional após 15 anos.
“Tem muito mérito o Cruzeiro alcançar uma final de um torneio tão importante quanto a Sul-Americana. Tivemos momentos excelentes no Campeonato Brasileiro e, embora oscilando nos resultados, mostramos desempenho consistente em várias partidas”, afirmou.
Questionado sobre a escalação e as substituições, Diniz foi enfático ao reforçar que os erros foram coletivos.
“Não dá para culpar individualmente. Tivemos problemas na abordagem, na recomposição e na subida da linha de marcação. São aspectos que treinamos e sabíamos como o Racing jogaria. Não fomos pegos de surpresa, mas as falhas nos custaram caro”, explicou.
Mesmo diante de críticas e de um aproveitamento de apenas 30% em 11 jogos pelo Cruzeiro, Diniz demonstrou confiança no futuro do clube.
“Eu não vejo risco no andamento do projeto. Precisamos nos recompor rapidamente, porque temos quatro jogos importantes no Brasileiro. A reação dos jogadores precisa ser forte, e sei que podemos terminar bem a temporada”, declarou o treinador, que já volta suas atenções para o duelo contra o Grêmio, nesta quarta-feira (27).
Além do vice-campeonato, o Cruzeiro garantiu cerca de R$ 28,8 milhões em premiação na Sul-Americana, um alívio financeiro para o clube. No Campeonato Brasileiro, a Raposa ocupa a sétima posição, com 47 pontos, e segue na disputa por uma vaga na Libertadores de 2025.
“Agora é focar nas finais que temos pela frente no Brasileirão. Esse grupo tem talento e está em reconstrução. Nosso maior trunfo é o trabalho coletivo, e é isso que vai nos guiar nos próximos desafios”, concluiu Diniz.
A missão do Cruzeiro na reta final promete ser desafiadora, mas a equipe mineira tenta canalizar a experiência da final continental para terminar a temporada de forma positiva.
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