Danilo Caixeiro, membro da Eagle Football, concedeu uma entrevista no podcast “Sports Market Makers” e contou detalhes de como foi a compra da SAF do Botafogo. Ele teve participação do processo que levou John Textor a investir no clube carioca.
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“Falamos nove meses com o Textor. Em junho de 2021, começamos a falar com ele, porque vimos na imprensa portuguesa que ele estava querendo comprar o Benfica. Nosso sócio português, Fernando Capello, conseguiu o contato dele, entrou em contato lá por LinkedIn, começamos a conversar, tentando falar de Portugal, só que sabíamos no fundo que a lei estava mudando no Brasil. E foi no Brasil que ele quis falar mesmo e progredir conosco”, explicou Danilo Caixeiro.
“E aí não foi assim, América-MG ou Botafogo, fizemos um estudo do mercado e fomos mostrar tudo que achávamos que estava disponível e que poderia fazer sentido para ele. O que achávamos que estava disponível era o América-MG alguns outros clubes, acho que o que ficou público foi Londrina também. Não convencemos ele também para ir para o Botafogo, achávamos que o Botafogo era o melhor alvo para ele. Falamos “se você quiser fazer um trabalho de reestruturação e destravar um monte de valor de um clube gigante que está no Rio, que tem uma torcida grande, potencial comercial muito maior do que estava sendo aproveitado, vai ser trabalho para caramba, mas tem muito mais valor para destravar aqui”. Havia outros alvos que eram menos complexos, outros clubes que dariam menos trabalho, mas também menos retorno, na nossa opinião. Agora, conhecendo o John melhor, era óbvio que ele iria, o cara é super empreendedor, se falar para ele que existe, que dá para pegar um retorno muito maior, com muito mais trabalho, ele vai nessa”, acrescentou.
Danilo Caixeiro ainda disse ser um fã de John Textor.
“Sou tiete do cara. Sou suspeito para falar, é meu chefe, eu tomo bronca dele de vez em quando, mas eu gosto dele para caramba. É realmente um empreendedor nato, com visão absurda, coragem de implementar aquelas visões e inteligência além do que os seres humanos normais veem. Não nos preocupamos muito em tentar amarrar esse cara, botar um contrato, conseguir um mandato dele, saber quanto iríamos ganhar, só queríamos estar em parceria com esse cara. Sabíamos que isso ia trazer benefícios, nesse nível de confiança que ele mesmo passa, que você consegue sentir. As pessoas em volta dele acabam abraçando também uma força positiva ali, aquele negócio. O empreendedor de verdade, o cara visionário, é tão confiante naquele negócio, ele junta pessoas que acreditam em volta dele e acaba acontecendo aquela coisa impossível. Ele é diferente demais e é super justo também, cuida de quem cuida dele”, afirmou.
Foi perguntado também quais são os planos para as equipes integrantes da Eagle Football?
(Botafogo, Lyon, Crystal Palace e RWD Molenbeek)
“É importante hoje em dia já deixar claro qual a visão do John. O objetivo com o Botafogo, como com qualquer clube nosso, é de que todas essas comunidades, todos os torcedores, têm direito a querer ter um clube campeão. Não vamos em nenhum momento relegar um clube a uma posição de não ter ambição nunca, de estar ali para gerar jogador, para fazer uma outra coisa. Tem que ser competitivo, ter o objetivo de brigar por títulos sempre, performar no máximo possível que a gente conseguir, sem loucuras também. Quanto à expansão para outros países, sim, contanto que seja estratégico. Já olhamos para outros mercados, vamos continuar olhando, não é exatamente a filosofia nossa simplesmente ser um agregador de um monte de clube, tem uma lógica nos países que a gente está, justamente desses caminhos para os jogadores e mercados que a gente acha muito interessantes. É uma estratégia de mais buscar sinergia entre os clubes que a gente tem do que de ficar agregando mais clubes.”
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