Treinador do Fluminense, Mano Menezes cedeu entrevista coletiva após a vitória por 2 a 0 do Fluminense sobre o Flamengo e fez sua avaliação sobre a partida, indicando contentamento com o que foi a postura da equipe no triunfo.
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Questionado sobre a quebra de um jejum sem vencer clássicos que o time vivia sob seu comando, Mano fez a seguinte avaliação.
“Eu acho que as equipes elas elas têm seus seus ciclos e suas características. O Fluminense se caracterizou há um tempo atrás de jogar de uma maneira que foi uma maneira muito vencedora. Mas os adversários também são de grande qualidade. Sempre quando se vai jogar um clássico, e o clássico, às vezes, se decide mais pela postura, pelo comportamento, pelas atitudes do que, às vezes, pelo jogo jogado tecnicamente. Se tem um jogo que iguala muito as condições exatamente por causa dessa rivalidade da história dos confrontos é o clássico.”
Outro detalhe trazido por Mano foi a escolha por Arias, autor de um dos gols, começar no banco. Ele disse o seguinte.
“Você acha que um jogador é tão importante, ele joga dois jogos num curto espaço de tempo como ele joga pela seleção dele, viaja tantas horas como ele viajou. Você vai colocá-lo desde o início do jogo para correr o risco de perdê-lo por resta da temporada? A gente não podia correr (esse risco). A tendência também que ele no primeiro tempo quando os outros estavam zerados fisicamente era ele sentir mais esse desgaste que ele vinha trazendo. Quando ele entrou os outros já tinham 45 minutos jogados, então minimiza um pouco esse desgaste físico.”
Para Mano, o desempenho de uma equipe passa por hierarquia. Ainda respondendo sobre a opção em Arias, ele tocou no assunto, dizendo o seguinte.
“A gente não falou com ninguém, só falou com ele, porque eu acho que essa essa hora é a conversa que a gente tem que ter. Estrategicamente também achei que para nós era importante ter nessa hora de hierarquia, que nós tivéssemos também jogadores de hierarquia para pôr, porque o jogo se decide muito nessas coisas do respeito que você tem, né, na qualidade e na trajetória dos jogadores que entram em jogos grandes como esse. Então conversei com ele, achamos melhor deixar para a segunda parte e foi isso que a gente fez. Deu certo, né? Então tá certo.”
Quebra de jejum em clássicos
Ainda sobre a quebra do jejum de vitórias em clássicos, Mano optou por analisar as derrotas sofridas para Botafogo e Vasco, que faziam o Fluminense ter, até então, 0% de aproveitamento nos clássicos.
“Perdemos o primeiro (clássico) com gol de mão, todo mundo sabe que foi um gol de mão que mudou a história do jogo (contra o Vasco). Perdemos o segundo com gol aos 50, né? Foi um jogo jogado, um jogo igual, eu acho que é exatamente aí a experiência de um técnico de saber interpretar isso que aconteceu mesmo na hora da derrota, não destruir coisas que são fáceis destruir nessa hora pela paixão, porque aí você perde, ninguém serve, né? E aí você começa a tirar e trocar muita gente, aí você não consegue retomar. Então o que a gente fez hoje se deveu a nossa entrega, se deveu a nossa resistência nos momentos em que o Flamengo foi melhor. E é assim que é, um jogo desse, o adversário tem os seus momentos, mas você também tem os teus e a gente soube e foi muito feliz, aproveitou os nossos, fizemos dois gols muito bem feitos, muito bem. Trabalhados em cima de uma característica que o jogo ia propor para a gente sempre quando estivesse zero a zero, quando estivéssemos vencendo. Então, com passe de pé em pé, com jogada de qualidade, a gente fez um 1 a 0 e logo depois fez 2 a 0. E teve mais duas oportunidades para chegar lá com qualidade. Acho que isso fez a diferença.”
Importância de Lima
Questionado pela reportagem do BTB Sports sobre a importância de Lima, um dos autores de gols nessa partida, Mano revelou o seu ponto de vista.
“Eu acho que falar de Arias é quase que desnecessário, porque ela é uma unanimidade, todos pensamos muito parecido. Então prefiro falar um pouco mais do Lima, que é um profissional que trabalha todos os dias do mesmo jeito, não tem treino ruim, não tem dia ruim, está sempre aí se dedicando, faz a função por dentro, faz a função na beirada. Aqui se estabeleceu, eu ouço e leio de vez em quando que o Lima jogar como extremo é defensivo. Lima jogar como extremo é uma composição melhor de meio campo, nosso time fica mais próximo, nosso time tem uma entrada do jogador da beirada para dentro, que se junta com o Ganso e ajuda muito a equipe. O Ganso precisa da proximidade desse jogador, às vezes. O Ganso não é um jogador que transpõe o adversário, o Ganso não é um jogador que carrega a bola para transportar a bola. Então ele precisa de passe seguro e Lima ao sair de lá da beirada. E criar uma dúvida para o adversário para receber a bola entre as linhas ajuda muito para que a gente possa qualificar o jogo.”
O Fluminense volta a campo na próxima terça (22), quando recebe o Athletico no Maracanã pelo Campeonato Brasileiro.
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