Botafogo segue voando com apoio de mascote pé quente

Após mudança de gestão, clube sonha com final inédita na Libertadores

O Botafogo está vivendo uma de suas fases mais promissoras da história do clube, com momentos de destaques nacionais e continentais. O clube carioca ocupa a liderança do Campeonato Brasileiro, faltando 8 partidas para o encerramento da competição, e largou com uma vantagem de 5 gols diante do Peñarol rumo à final da Conmebol Libertadores, algo nunca atingido em toda a sua história.

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Após ser comprado por John Textor, o Botafogo passou por uma reestruturação dentro e fora dos gramados. A começar pela gestão financeira, Textor reestruturou todo o elenco de maneira consciente e promovendo contratações pontuais para o clube que estava recém promovido para a série A. Outro ponto que teve grande destaque na gestão do empresário norte-americano, foi a identidade visual. No uniforme, a substituição do branco pelo tradicional off-white. As redes sociais tomaram o mesmo caminho, trazendo a estética do clube “mais tradicional do Brasil”, reforçando sua base histórica de sucesso entre o time carioca e o futebol brasileiro.

Um dos aspectos da parte visual que passou por uma reformulação, foi historicamente, o mascote do clube era o “Manequinho”, inspirado em uma estátua famosa de Bruxelas. No ano de 2015, o Botafogo decidiu reintroduzir um símbolo clássico, o cão “Biriba”, que pertencia ao ex-presidente Carlito Rocha e que foi considerado um amuleto de sorte durante a conquista do título carioca de 1948, contra o rival Vasco. Enquanto Biriba é uma figura simpática que atrai os pequenos, o Bira, seu irmão mais velho, é um cão com aspecto mais feroz, voltado para o público de adolescentes e jovens adultos. Apesar da sua recente inserção, Bira rapidamente conquistou o carinho dos torcedores e se tornou uma presença marcante e querida nos jogos do clube.

Em 2024, o clube apresentou Bira, com a proposta clara: criar um símbolo que não só atraísse os torcedores mais jovens, mas que também representasse a força e a garra da equipe dentro de campo.Bira foi um dos apontados como pé quente para o Botafogo. Pouco tempo após sua introdução, E em julho deste ano, essa conexão foi eternizada com a inauguração de uma estátua de Bira no Estádio Nilton Santos, obra do renomado artista plástico Rafael Brancatelli. Com mais de quatro metros de altura e pesando cerca de 400 kg, a escultura não apenas simboliza a nova era do Botafogo, mas também celebra o legado e a tradição do clube.

“A criação do Bira foi um desafio interessante”, comenta Brancatelli. “Queríamos um mascote que mostrasse força, poder e garra, mas que ao mesmo tempo transmitisse uma mensagem positiva e de incentivo para os torcedores. Conseguimos chegar neste equilíbrio, criando uma figura que representa o espírito do Botafogo”, explica.

O impacto de Bira vai além de sua aparência. A estátua, posicionada estrategicamente no estádio, tem sido vista como um amuleto de sorte pela torcida alvinegra. E com o Botafogo à beira de conquistar seu primeiro título na Libertadores, a imagem do mascote “pé quente” só fortalece essa percepção.

Essa modernização dos mascotes não é exclusiva do Botafogo. Outros clubes brasileiros também têm adotado essa estratégia para conectar tradição e inovação. O Atlético Mineiro modernizou seu Galo Carijó em 2018, tornando-o mais robusto e visualmente atraente, especialmente em produtos licenciados. O Bahia seguiu um caminho similar em 2019, reformulando seu “Super-Homem Tricolor” para alinhar a imagem do mascote ao novo momento do clube, que vinha investindo fortemente em marketing e presença digital.

O momento atual do Botafogo reflete uma junção entre passado e presente, tradição e modernidade. À medida que o clube se aproxima de uma possível conquista histórica na Libertadores, a figura do Bira se consolida como um símbolo de sorte, força e união entre os torcedores. “O Botafogo continua a escrever uma história de superação e crescimento, cativando uma nova geração de torcedores e reafirmando sua importância no cenário do futebol brasileiro”, finaliza Rafael.

Sobre Rafael

Rafael Brancatelli é um artista brasileiro conhecido por representar a natureza através da arte. Suas obras são verdadeiras celebrações do reino animal, elas captam de forma única a sua essência e significado em cada escultura. Liderando uma talentosa equipe multidisciplinar, vem fazendo esculturas e pinturas exclusivas para clientes ao redor do mundo, além de obras para as maiores empresas nacionais e internacionais. Ganhou destaque pela criação da obra “Touro de Ouro” da Bolsa de Valores, B3 e pela escultura do Bira, um dos principais mascotes do Botafogo, em comemoração do aniversário de 130 anos do time.

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