Mesmo derrotado fora de casa em 3 a 1, o Botafogo selou a sua classificação inédita à final da Copa Libertadores superando o Peñarol em dois jogos. Na ida, venceu por 5 a 0, totalizando um 6 a 3 no agregado.
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O confronto foi disputado no estádio Centenário, mando de campo diferente do que o de costume para o Peñarol, mandante da partida. A mudança do palco foi em virtude das confusões entre a torcida do Botafogo e a do Peñarol, que protagonizaram clima muito hostil em Montevidéu.
O clima foi reflexo dos acontecidos no Rio de Janeiro no dia da partida de ida da semifinal, confronto esse que foi disputado no estádio Nilton Santos. Torcedores do Peñarol protagonizaram atos de selvageria e vandalismo em uma praia da capital carioca.
Dentro de campo, viu-se um confronto pautado na fisicalidade e na imposição física, assim como pelos vários desentendimentos entre os atletas no decorrer da partida. As duas expulsões, uma para cada time, servem como epítome da alta temperatura desse jogo.
O primeiro tempo foi de um Botafogo criando boas chances de gol, mas sem ter efetividade. Com isso, o Peñarol foi ganhando confiança no jogo e logo encontrou um gol. Aos trinta e três minutos, Baez acertou um bonito chute de fora da área para abrir o placar.
Desse gol em diante, o Peñarol passou a ganhar mais jardas em campo e ferir mais a defesa do Botafogo. O Alvinegro, apesar da demanda de gols, não conseguia corresponder com finalizações precisas. Isso seria custoso no duelo.
A ida ao intervalo foi de mudanças para ambas as equipes. Os dois times alteraram suas peças no setor ofensivo, promovendo uma mudança na dinâmica de ataque. A entrada de Thiago Almada no lugar de Matheus Martins, para o Botafogo, seria determinante no duelo.
Durante a saída do campo ao final da primeira etapa, o goleiro Aguerre, do Peñarol, deu um pisão no pé de John, goleiro do Botafogo, e foi expulso. Com isso, o Peñarol retornou para a segunda etapa com um a menos.
Apesar do crescimento do Botafogo, o Peñarol seria quem voltaria a marcar gol. Novamente Baez, dessa vez num chute mais simples, encontrou o segundo gol para a equipe uruguaia. Nesse momento, o jogo ganhou clima mais tenso.
Artur Jorge faria a troca do lateral direito Vitinho pelo, também lateral direito, Mateo Ponte. Em apenas três minutos em campo, o argentino recebeu dois cartões amarelos por faltas graves e foi expulso, deixando o Botafogo em igualdade numérica com o Peñarol.
Com clima tenso, as equipes permaneceriam a criar chances mas sem encontrar o gol. Isso mudaria aproximadamente 18 minutos depois, quando em bonita combinação entre Almada e Marlon Freitas num contra-ataque o Botafogo acharia seu gol no Uruguai.
Apenas um minuto depois, em jogada na saída de bola, o Peñarol marcaria seu terceiro gol na partida. Facundo Batista receberia boa bola enfiada por Pérez Casada e teria somente o trabalho de tirar de John.
Faltando poucos minutos ao fim do jogo, o time uruguaio nada pôde fazer. Apito final e o Botafogo comemorou sua classificação inédita para a grande decisão da Libertadores. O Alvinegro enfrentará o Atlético-MG no próximo dia 30 de novembro. A tendência é pelo palco da partida ser o estádio Monumental, em Buenos Aires, mas resta ainda a confirmação oficial.
O Alvinegro volta a campo mais em breve diante do rival Vasco na próxima terça-feira (05), quando receberá o Cruzmaltino no estádio Nilton Santos pela trigésima segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
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