Álvaro Pacheco lamenta derrota: “o gol nos afetou”

Em mais uma entrevista coletiva pós-derrota, Álvaro Pacheco tenta explicar resultado e despista rumores sobre demissão

A noite da última quarta-feira (19) foi de derrota vascaína no Campeonato Brasileiro. O Vasco perdeu por 2 a 0 para o Juventude com gols de Lucas Barbosa e Jean Carlos.

Após a derrota, que foi a terceira nos últimos quatro jogos, o treinador Álvaro Pacheco relatou sua visão sobre a partida e sobre a sua situação enquanto comandante do Vasco da Gama.

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O treinador foi perguntado sobre as mais variadas questões na sua entrevista coletiva pós-jogo. O assunto em comum, no entanto, foi a má fase vivida pelo Vasco.

Análise sobre o resultado

Na sua primeira resposta durante a entrevista coletiva, Álvaro adiantou a sua análise sobre a derrota para o Juventude: “Queríamos muito dar continuidade à evolução, queríamos a primeira vitória. Foi um jogo em que entramos nervosos, penso que não tivemos a capacidade nos primeiros 30 minutos de controlar o jogo, deixamos muitos espaços para nosso adversários. Depois, aí sim, conseguimos equilibrar. Acabamos o primeiro tempo dentro do jogo, conversamos no intervalo. Entramos muito bem na segunda parte, controlando os espaços. No melhor momento do Vasco, sofremos o gol. É do momento da equipe, isso nos deu intranquilidade. O gol nos afetou”

“Meus jogadores foram em busca do resultado, mas não da forma correta, faltou o jogo posicional. Tivemos algumas decisões precipitadas, mas mesmo assim tivemos a oportunidade de fazer o gol de empate. E no último minuto sofremos o segundo gol. É um momento complicado, mas temos que continuar trabalhando para estarmos mais preparados no próximo jogo. Não posso desistir e nem duvidar das minhas capacidades. Estamos passando por um momento que não queríamos, mas temos que trabalhar e focar.” ele completou.

Álvaro Pacheco à beira do gramado pelo Vasco da Gama (Matheus Lima/Vasco)

Risco de demissão?

A coletiva de imprensa do treinador começou mais de uma hora após o término da partida. Perguntado se isso teria sido por causa de conversas sobre a sua demissão, o português despistou, relatando o seguinte: “Não vim mais cedo porque estava esperando me chamarem e, quando me chamaram, eu vim. Não aconteceu nada, e eu não sou um treinador de desistir. Em todos os momentos da nossa vida tem momento bons e momentos ruins, e nos momentos de fracasso temos que nos tornar mais fortes. Vou me tornar muito mais forte como treinador. Eu acredito muito naquilo que eu trabalho, naquilo que eu estou desenvolvendo com o elenco e acredito que os resultados vão aparecer na forma que nós estamos e da forma que nós treinamos. Então temos que continuar e focar naquilo que é o trabalho, só o trabalho pode nos tirar dessa situação.”

Análise sobre seus primeiros quatro jogos

“Eu não sou treinador que gosto muito de arranjar desculpas, mas nós chegamos ao Vasco em um momento complicado, de muita transformação e de instabilidade e nós estamos conhecendo o clube e principalmente os seus atletas e aquilo que equipe tem. É evidente que, quando se tem esse resultado, com instabilidade, perde-se algo, perde-se discernimento, e nós não podemos esconder que os dois primeiros adversários foram muitos fortes, treinados há muito tempo, que tem algumas rotinas e jogadores com dinâmicas muito fortes. Nesses três jogos criamos alguma ansiedade.”

“Penso que, no último jogo em casa, tivemos uma resposta dentro daquilo que pretendíamos e queríamos. Hoje não fomos capazes de dar essa continuidade, mas acho que isso faz parte do processo, temos que manter a sanidade e percebermos o que hoje foi bom, principalmente mais audácia e capacidade de pensar o jogo. Estávamos preparados para aquilo que o adversário nos cria, mas acho que tem relação com o momento. Precisamos de um pouco mais de tranquilidade e segurança para tomarmos as nossas decisões. E eu, como treinador, tenho que dar aos meus jogadores.” Álvaro Pacheco completou.

Atuações ruins e clima pesado

O português foi perguntado sobre o momento ruim vivenciado pela equipe no Campeonato Brasileiro. O Vasco ocupa a décima sexta colocação do Campeonato Brasileiro, com 7 pontos em 10 jogos.

“Nós não podemos fugir. Eu, enquanto treinador, não vou fugir. Evidente que é um momento complicado, é um momento que a torcida vascaína está triste, não só com a gente, mas comigo, e isso é compreensível. O que nós temos que fazer é continuar a trabalhar, e o que não podemos fazer é duvidar do que somos e duvidar das nossas capacidades, daquilo que queremos fazer. Há uma coisa que eu sei: temos que trabalhar, todos nós temos que nos unir cada vez mais. É uma situação complicada, percebemos que somos nós que temos que sair dessa situação e todos juntos. O vestiário está triste, cada vez mais a equipe está criando uma relação.”

Respaldo da diretoria

Perguntado sobre se sentir respaldado pela diretoria, Álvaro disse: “Conversamos no vestiário sobre o que foi o jogo e, sem dúvida nenhuma, sobre a desilusão (do resultado). Tínhamos esperança de ter um bom resultado. Amanhã vou treinar e pensar no próximo desafio.”

Álvaro Pacheco e o Vasco retornam a campo no próximo sábado (22), quando enfrentam o São Paulo pela décima primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Será mais uma chance de tentar se afastar do risco de estar na zona de rebaixamento.

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