O Corinthians foi notificado extrajudicialmente no último dia 27 de maio pela VaideBet, patrocinadora máster do clube. A empresa cita a cláusula anticorrupção no contrato entre as partes e volta a cogitar a possibilidade de encerrar a parceria com o Timão.
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No documento assinado por Plínio Augusto Lemos Jorge, advogado, e José André da Rocha Neto, diretor executivo, a casa de apostas expressa que a associação de seu nome com o atual escândalo envolvendo a diretoria do Corinthians e a intermediadora torna o contrato excessivamente oneroso para o patrocinador. Isso se dá porque a ligação da marca a uma situação negativa resulta em desprestígio, potencial prejuízo e risco de retorno baixo do investimento feito na entidade desportiva.
O incidente ao qual a empresa faz menção é a denúncia levantada pelo jornalista Juca Kfouri, alegando que a Rede Social Media Design, a empresa intermediária do contrato de patrocínio, repassou parte do pagamento da comissão para uma empresa fictícia chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Esta empresa, supostamente registrada em nome de Edna Oliveira dos Santos, uma residente em Peruíbe, litoral Sul de São Paulo, parece desconhecer totalmente sua existência.
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A Rede Social Media Design também foi notificada pela patrocinadora. Na notificação, a empresa informa que os eventos descritos constituem uma violação clara da cláusula anticorrupção do contrato de patrocínio e concede ao Corinthians um prazo de dez dias para fornecer esclarecimentos sobre o assunto.
A Polícia Civil iniciou investigações sobre possíveis atividades ilegais relacionadas ao pagamento da comissão, enquanto o Conselho Deliberativo do Timão também está examinando o assunto.
Assinado no início do ano, o contrato entre o Corinthians e a VaideBet está vigente até o final de 2026 e inclui um pagamento total de R$ 370 milhões – até o momento, o clube já recebeu R$ 60 milhões.
O clube emitiu uma nota oficial sobre o assunto no mês passado, reafirmando “que todas as negociações, incluindo patrocínios, foram realizadas legalmente com empresas devidamente constituídas. O clube ressalta que não é responsável por quaisquer pagamentos a terceiros. Caso sejam apresentadas provas de irregularidades, estas serão discutidas com o Conselho Deliberativo para tomar as medidas necessárias”.