O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou o diretor executivo de futebol do Flamengo, Bruno Spindel, por críticas à arbitragem feitas após o jogo contra o Red Bull Bragantino, válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
Ao final da partida, disputada no dia 4 de maio, Bruno Spindel pediu para falar com a imprensa e concedeu uma entrevista, ainda durante a transmissão da partida, questionando as decisões do árbitro Paulo Cesar Zanovelli da Silva.
No caso em questão, Bruno Spindel trataou como ‘absurdo’ o que foi presenciado no jogo disputado no Nabi Abi Chedid, casa do Bragantino. O dirigente questionou o cancelamento de uma expulsão de um jogador do Massa Bruta, e a não marcação de um pênalti a favor do Fla.
“A gente já enviou ofício em outros momentos e não adianta. Só o que adianta é chamar para CPI, expor publicamente, dizer que é ladrão, dizer que tem assalto. Para eles respeitarem o clube, só desse jeito. Se não fizer desse jeito, não adianta. É um absurdo. O que aconteceu hoje aqui é um absurdo. A gente precisa desempenhar, merecer vencer. Eu acho que a gente mereceu um resultado melhor hoje. Se tivesse a expulsão no início do jogo, mudava completamente o jogo. O pênalti do Luiz Araújo também. Se o critério ali foi de anular a expulsão, tinha que ter dado o pênalti lá (com revisão do VAR)”, disse.
Após a fala do Spindel, ainda em transmissão, o Flamengo cancelou a entrevista de Tite, e Marcos Braz, vice-presidente de futebol do clube, deu coro às reclamações de Bruno. Na época, a dupla concedeu a coletiva e conversou com os jornalistas sobre as reclamações do Rubro-Negro.
Spindel será julgado na próxima quarta-feira (29), pelo artigo 258 do §2º, II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em “desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões.” A pena pode ser de 15 a 180 dias.