Na noite desta quarta-feira (15), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatou o pedido do Vasco e tirou o controle da SAF da 777 Partners. A decisão é assinada pelo juiz Paulo Assed Stefan.
Na prática, a decisão da 4ª Vara Empresarial suspende os efeitos dos contratos de acionistas e de investimentos firmados da empresa, “de modo a suspender os direitos societários (políticos e patrimoniais) da 777, garantindo, cautelarmente, o controle da companhia ao autor, seu acionista fundador, com a imediata destituição ou afastamento dos conselheiros indicados pela 777 no Conselho de Administração da SAF e sua substituição por conselheiros indicados pelo VASCO”, divulgou o ‘O Globo’.
O pedido do Vasco corre em segredo de justiça, mas se baseia no artigo 477 do Código Civil, levando em consideração as notícias sobre a situação financeira da 777 Partners, processada por fraude nos Estados Unidos. Na Justiça americana, a 777 é acusada de ser ‘marionete’ da A-CAP.
Veja um trecho da decisão
“Por fim, tendo em vista tudo o que foi narrado na inicial e a documentação que lhe deu suporte probatório, apura-se como verdadeiro o temor apresentado pelo autor, sendo urgente que se estanque qualquer possibilidade de colapso da instituição centenária e que carrega consigo enorme tradição. Por óbvio, as questões levantadas serão analisadas de forma exauriente na arbitragem prevista, todavia, penso que cabe ao Judiciário, nessa hora, assegurar o resultado útil daquele procedimento.
Em complemento, as notícias de insolvabilidade da primeira ré, consubstanciada, inclusive, por declarações do seu próprio líder, mostra situação bem diversa daquela anunciada quando da realização do pacto. A empresa que prometera a salvação através de vultoso aporte de capital e recuperação da sede vascaína (Estádio de São Januário), hoje apresenta-se com situação financeira deficitária e incapaz de cumprir com aquele anúncio e pondo em risco a viabilidade da SAF, principalmente quando se foca no êxito futebolístico”.