Uma comissão de inquérito criada pelo Vasco concluiu no dia 6 de outubro, a investigação sobre o processo de venda da SAF do clube. No relatório foram identificadas irregularidades, como dados forjados e um pagamento suspeito. 21 nomes foram indiciados e podem ser exclusos do quadro social do clube.
Acompanhe o BTB Sports no Twitter, Instagram, Youtube e Threads.
O Conselho Deliberativo do Vasco formou a comissão de inquérito em junho de 2024, que desde então investiga a venda da SAF do clube carioca. Sete conselheiros do Vasco são parte da comissão, eles são: José Henrique Carvalho Gonçalves (presidente), Cláudio Pereira Gomes (relator), Luiz Gustavo de Menezes Ribeiro, Jorge Luiz Moraes, José Pedro Mota de Souza Ferreira, André Luiz Vieira Afonso e Emmanoel Ursulino de França Filho.
Os indiciados
A comissão alega a existência de um grupo chamado “Núcleo Central Decisório”, composto por membros da diretoria que estiveram presentes em todas as etapas da venda da SAF do clube. Jorge Salgado (presidente), Carlos Roberto Osório (1º vice-presidente Geral), Roberto Duque Estrada (2º vice-presidente Geral), Carlos Fonseca (presidente do Conselho Deliberativo), Adriano Mendes (vice-presidente de Finanças), Zeca Bulhões (vice-presidente Jurídico), Luiz Mello (CEO do Vasco e, posteriormente, da SAF), eram os membros do grupo, com excessão de Luiz Mello, todos os citados foram indiciados. Os acusados tem 15 dias úteis para apresentar suas defesas.
As irregularidades
No relatório da investigação consta um pagamento do Cruz-maltino de R$775.833,34 para uma empresa em Blumenau, a MJ Capital LTDA. Essa transferência era parte de um contrato chamado “Instrumento Particular de Acordo Preventivo de Litígio”. A MJ Capital LTDA foi criada 34 dias antes desse contrato e sete meses depois encerrou suas atividades. A empresa não participou das negociações com a 777.
Outra irregularidade encontrada na investigação foram os dados forjados. No relatório, um ex-funcionário afirmou que Adriano Mendes, ex-VP de finanças, utilizava a ferramenta Excel para reduzir as dívidas do clube associativo, o que levou ao erro do Conselho Deliberativo do Vasco, que aprovou o balanço.
A comissão também alega que Jorge Salgado e seu “Núcleo Central Decisório” sabiam que a 777 Partners era uma empresa de procedência duvidosa. No relatório, foi identificado que a empresa de Josh Wander tinha dois sócios ocultos, o que fere o estatuto do Vasco. Além disso, a comissão questiona a venda da SAF para a empresa 777 Carioca LCC, sendo que em todo o processo era dito que o comprador seria a 777 Partners.
Leia mais: Gabriel Pires, ex-Botafogo, é novo reforço da Portuguesa
0 Comentários