Nesta quarta-feira (12), Madureira e Sampaio Corrêa se enfrentam pela partida de ida da grande decisão da Taça Rio, confronto estadual que oferece, a clubes que não foram à semifinal do Carioca, a oportunidade de classificação para a Copa do Brasil do próximo ano.
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O torneio, muitas vezes subjugado pelo torcedor comum, é de muita importância para as equipes de menor expressão do estadual, pois dá a oportunidade democrática de que eles se classifiquem para uma competição nacional.
Mesmo vivendo temporadas distintas no que tange a expectativas, Madureira e Sampaio Corrêa compartilham algo em comum nessa trajetória até a final da decisão da Taça Rio: terem vencido uma equipe considerada favorita nas semifinais do torneio.
O Madureira passou pelo Nova Iguaçu, finalista do Campeonato Carioca no último ano e considerado favorito no confronto por conta de tudo que apresentou nas últimas duas temporadas dentro de campo.
Já o Sampaio Corrêa venceu o rival local Boavista, também de Saquarema, que além de ter se tornado SAF recentemente, conta com um elenco mais estrelado do que o Galinho. Não só isso, como vem de campanhas recentes mais consistentes no estadual.
Constante quebra de objetivos
Assim pode ser definida a trajetória recente do Sampaio Corrêa, que sob o comando do experiente Alfredo Sampaio, treinador, vem experimentando resultados acima da expectativa no campo.
“Primeiro tenho que parabenizar todo grupo. Não só o grupo de atletas, mas como a diretoria e comissão técnica. O que aconteceu foi o resultado de um trabalho que começou lá em novembro. Esse jogo mostrou que a nossa equipe, quando joga focada, concentrada, eles conseguem ter um rendimento muito bom. A equipe por si só, tem qualidade técnica. Desde o jogo contra a Portuguesa, tivemos um nível de concentração e confiança alto, somando a qualidade deles, naturalmente as coisas fluem. No primeiro tempo, acho que poderia ter sido, talvez, uns 4 a 0. No segundo tempo, sabíamos que o Boavista viria pra cima, abaixamos um pouco o bloco. O grupo está de parabéns por essa conquista.”
A constante quebra de objetivos fica ainda mais clara nessa outra fala do comandante, em que ele ressalta com clareza o que foram os planos traçados pelo comando da equipe ao começo da temporada e como a maioria deles foi já superado.
“O presidente queria ficar entre quinto e sexto pra dar a oportunidade de buscar a vaga no Brasileiro. Eu estou muito feliz, porque considero esse clube aqui muito sério, um clube que quer crescer. Pessoas que querem crescer. É muito bom. O primeiro passo foi atingido, que era não correr o risco de descenso. O segundo objetivo foi esse de chegar na Taça Rio, depois chegar na Série D. Agora vamos atrás de outro que é estar na Copa do Brasil.”
Se a conquista desses objetivos pode parecer sinônimo de trabalho concluído para o torcedor, para Alfredo e o elenco do Sampaio Corrêa é combustível para seguir firme no objetivo: vencer a Taça Rio e se classificar para a Copa do Brasil.
“Agora é recuperar. Já temos uma programação de viagem, de descanso, reposição de energia, de alimentação. Conversei com a diretoria, com o presidente. O plano que foi traçado, acho que vai ajudar muito os jogadores. Daqui até o jogo de quarta-feira é estudar bem o Madureira e recuperar os atletas.”
Um trabalho pautado nas lideranças em campo
Assim pode ser categorizado o trabalho do Madureira no atual Campeonato Carioca, que teve em Rodrigo Lindoso, principalmente, um referencial técnico dentro e fora do campo. Ele sintetizou um pouco de tudo isso em uma entrevista exclusiva para o BTB Sports.
Como você avalia a participação do clube no estadual?
“Acho que a avaliação é boa, né? A gente teve uma avaliação no início, depois tivemos uma sequência boa ali, acho que três vitórias seguidas e acabamos tendo um jogo dentro de casa contra o Sampaio para garantir basicamente a classificação para as semifinais. Não conseguimos êxito, mas são coisas do futebol. Acontece, né? Então, já passou. Agora, depois desse último jogo, a gente já pôde concretizar um dos objetivos do clube, que o principal é sempre ser campeão. A gente sabe que não é fácil, é uma dificuldade, mas pelo menos nessa semifinal, acho que a gente está em condições (de vencer). Mas conquistar o acesso, voltar à Série D depois de algum tempo é importante para o clube. E essa final se coloca aí para a gente basicamente concluir quase todos os objetivos. Então, acho que tem sido algo bem interessante essa nossa temporada até aqui.”
Qual a expectativa para a decisão contra o Sampaio Corrêa?
“É uma expectativa boa, né? A gente enfrentou uma vez o adversário, acabou sendo derrotado, mas agora é outra situação. A expectativa é sempre boa. A gente está preparado e esperamos sair nesse primeiro jogo com a vitória.”
Como tem sido exercer um papel de liderança no Madureira?
“Eu, aqui no Madureira, hoje com uma experiência, sempre exerci meu papel de líder, mesmo sendo novo. Sempre fui capitão desde cedo aqui no clube. Então, pra mim, é algo bem natural. Então, eu posso estar contribuindo aqui com a experiência, com meus companheiros e alguns outros jogadores também aqui que já têm uma grande experiência também. Então, acho que está sendo interessante poder estar sempre ajudando o clube.”
Informações do jogo
Madureira e Sampaio Corrêa se enfrentam pela partida de ida da final da Taça Rio nessa quarta (12), às 20h. O duelo será no estádio Conselheiro Galvão, no bairro de Madureira, subúrbio do Rio.
A partida de volta, a ser disputada no estádio Lourival Gomes, em Saquarema, está marcada para o próximo sábado (15), às 17h45.
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