Artur Jorge lamentou o empate por 1 a 1 com o Vitória, no último sábado (23), que custou ao Botafogo a liderança do Campeonato Brasileiro.
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Agora empatado em pontos com o Palmeiras, mas atrás no critério de vitórias, o Alvinegro encara o próximo confronto, nesta terça-feira (26), como uma decisão. Após a partida, o técnico fez uma análise franca sobre as dificuldades recentes da equipe e projetou o duelo direto pela liderança.
“Nos custa muito fazer mais um jogo como este e não conseguir a vitória. Olhar para o jogo e ver que fomos dominadores, mas o que fica é o resultado final. Sentimos como um peso maior o fato de tentarmos, trabalharmos e não conseguirmos ganhar. É difícil explicar e aceitar, mas é uma realidade que precisamos conviver. Iremos para o próximo jogo como uma final. Esse é o espírito que temos de levar, porque não há nada mais que possamos fazer pelo que ficou para trás”, disse.
A sequência de três empates seguidos no Brasileirão, contra Cuiabá, Atlético-MG e Vitória, gerou impactos na confiança do time, mas o técnico destacou a importância de manter o foco.
“Nas últimas seis jornadas, conseguimos apenas três pontos nos últimos três jogos. Isso tem impacto emocional, é claro. Mas não nos desespera. Ainda dependemos de nós mesmos. Vamos a São Paulo como se fosse uma final, porque precisamos virar a página. Não estou satisfeito, mas é o que temos que fazer para seguir lutando pelo título”, afirmou.
Apesar dos tropeços, Artur Jorge elogiou o desempenho coletivo do Botafogo e criticou a falta de eficácia.
“São três jogos que não conseguimos vencer, mas tivemos mais de 70% de posse de bola e mais de 80 finalizações. Fomos dominadores, mas não materializamos. Isso aumenta a ansiedade dentro do jogo, uma dificuldade que nós próprios criamos. Precisamos ganhar jogos. O que falta é eficácia. Estaria mais preocupado se não criássemos chances, mas precisamos ser melhores na conclusão”, analisou.
O técnico também comentou sobre a postura defensiva dos adversários, que têm dificultado o jogo ofensivo do Botafogo.
“O que me incomoda é não ganhar. Temos enfrentado equipes que jogam com linhas muito próximas à grande área, muitas vezes com oito ou nove jogadores atrás da bola. Isso gera mais dificuldade para encontrar espaços e sermos verticais. Trabalhamos com seis homens no ataque, mas, em jogos como esse, às vezes só um gol desbloqueia tudo. Não é fácil, mas temos que assumir a responsabilidade e superar essas barreiras.”
Outro tema levantado foi a arbitragem e as constantes paralisações promovidas pelos adversários.
“Hoje, levei cartão amarelo por me manifestar contra uma equipe que quebrou o ritmo de jogo o tempo inteiro. Não adianta colocar cinco minutos de acréscimo no primeiro tempo e oito no segundo. O que importa é o jogo ser interrompido tantas vezes. Isso prejudica nossa produtividade e o espetáculo para a torcida. Acho que o goleiro adversário deveria levar cartão mais cedo por cera. Se continuar, tem que ser expulso. É isso que precisamos para melhorar o futebol brasileiro”, criticou.
Além disso, Artur Jorge rebateu vaias da torcida direcionadas a Tchê Tchê e defendeu o jogador.
“Tchê Tchê é um profissional exemplar, trabalha diariamente para ser útil ao Botafogo. Escalei porque achei que ele era o mais preparado para o plano de jogo. Não vamos apontar individualidades. Quem entrou em campo deu tudo o que tinha. No intervalo, disse aos jogadores: façam o seu melhor. É o que exijo sempre.”
Agora, o Botafogo volta suas atenções para o duelo contra o Palmeiras, nesta terça-feira (26), às 21h30, no Allianz Parque.
“Nada será decidido, mas muito pode ser encaminhado. Temos que olhar para frente e lutar até o fim pelo título. Esse é o espírito que nos trouxe até aqui, e é com ele que seguiremos”, concluiu Artur Jorge.
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