O zagueiro Murillo, do Notthingham Forrest, não conseguiu esconder o sorriso na coletiva, afinal, fardará a lendária Amarelinha pela primeira vez nesta Data FIFA. De acordo com o camisa 41 do Brasil, dividir o campo com “jogadores que só via no videogame”, é um privilégio.
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O ato de se apresentar na entrevista coletiva da sua primeira convocação não é regra, mas se tornou um ritual entre os atletas. Apesar do nervosismo, o defensor da Premier League se saiu bem e tirou de letra o desafio de falar para tantos jornalistas ao mesmo tempo. Além disso, ele não fez questão de omitir a felicidade de estar ali:
“Tenho que agradecer a Deus. Estou muito feliz por realizar esse sonho. Vejo jogadores que só via pela TV ou no vídeo game, mas agora divido a concentração, o campo. É um privilégio. Estou vivendo um sonho e me sinto realizado. Se Deus permitir, será a primeira de muitas. Espero cumprir o meu dever pela Seleção.” disse.
Murillo precisou de paciência até a convocação
O zagueiro precisou de pouco tempo entre os profissionais do Corinthians para chamar a atenção do mercado europeu e rumar à Inglaterra, mas demorou até entrar no radar da CBF. Murillo é canhoto e precisou de pouco tempo para se adaptar ao novo estilo de jogo, afinal, na primeira temporada fez 36 jogos como titular do Notthingham. Ele falou sobre isso na entrevista.
“Sempre brinquei e falei que com coisa boa a gente se acostuma rápido e se adapta rápido. Quanto mais focado você estiver no futebol, as coisas dão certo e voltam para você.” afirmou, antes de completar:
“Foi assim no Corinthians e no Nottingham. Mas a Seleção é diferente. É um peso maior, uma disputa maior, jogadores de extrema qualidade. Cheguei com os pés no chão para fazer o meu trabalho e dar o meu melhor.”
Sua missão, entretanto, não será fácil, uma vez que precisará vencer a concorrência de grandes nomes como Marquinhos, Gabriel Magalhães e Léo Ortiz para fazer seu primeiro jogo pela Canarinho. O Brasil enfrentará a Venezuela, nesta quinta-feira, às 18h, em Manturín. Além disso, a Seleção encerrará os compromissos de 2024 contra o Uruguai, na terça-feira, às 21h45, em Salvador.
Patriotismo e amor pela Amarelinha
Essa é a primeira vez que Murillo vestirá a camisa da maior campeã do mundo, mas sua relação com a Seleção surgiu já no nascimento. O zagueiro nasceu no dia 4 de julho de 2002, quatro dias após a conquista do pentacampeonato (30 de junho). O jovem comentou sobre o amor pelo país e pelo clima da Copa do Mundo desde a infância.
“Nas Copas que eu pude acompanhar de 2010 a 2022, eu saia com vaquinha para pintar a rua. Sou fanático e muito patriota, representar a Seleção é maravilhoso. Sei do nosso trabalho e do nosso dever. É a Seleção com mais títulos e temos que levar isso para dentro não como uma pressão, mas como uma responsabilidade. Almejo estar na Copa, conquistar pelo Brasil, mas tudo tem o seu tempo. Estar aqui é mais um sonho, um passo gigantesco.”
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