Rodolfo Landim detalha planos para novo estádio do Flamengo

Presidente do Flamengo detalha sobre novo estádio do rubro-negro, que ainda será construído

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, comentou sobre o projeto da construção do novo estádio do Flamengo, cujo local será próximo ao viaduto do Gasômetro, no Rio de Janeiro.

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Vivendo momento de disputa eleitoral pelo controle do Flamengo, Landim cedeu uma entrevista ao ‘Globo’ onde, dentre diversos assuntos abordados, falou sobre a construção do novo estádio do Flamengo.

Na entrevista, o atual mandatário evidenciou que irá centralizar assuntos estratégicos para o clube e se afastar um pouco do futebol, que ficará a cargo do novo presidente. Entre os temas que estão ligados ao aceite de Landim para o cargo de CEO nesse novo ciclo está a definição dos estádios.

O plural é por conta de, além de haver o debate sobre o novo estádio do Flamengo, a ser construído, há a questão do Maracanã, atual mando de campo do rubro-negro. Fica o questionamento sobre qual vai ser o tratamento para com esse estádio quando houver o novo, de posse única do clube.

Em que pé estão as burocracias para o início das obras pelo novo estádio?

“O plano urbanístico do Rio de Janeiro precisa mudar e os coeficientes de construção dos novos terrenos acordados para onde seria transferido o potencial construtivo daquele terreno precisam ser aprovados pela Câmara dos Vereadores. Primeiro ponto é esse projeto de lei ser encaminhado para lá. Este potencial tirou do valor do terreno uns R$ 500 milhões no mínimo. Um terreno como aquele, naquele local, valeria isto. Com o potencial construtivo dele, o que que a Prefeitura fez? Como que vale o potencial construtivo? Ela transferiu o potencial, então ela nos deu R$ 500 milhões. Então eu só fiquei com o terreno. Porque o terreno só dá para construir um metro quadrado por cada metro quadrado que tem. Por isso que o terreno não vale tanto. O que vale é o potencial construtivo. Então o terreno ficou barato.”

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo (Reprodução)

“A segunda coisa, ela tem que aprovar que ali naquele local, para o estádio, um projeto especial que não vai precisar de potencial construtivo. Uma coisa está ligada a outra. Ela não ia remanejar e dar isso tudo se o Flamengo tivesse que comprar. Então ela tem que remanejar potencial construtivo para o terreno e tem que zerar a necessidade de compra de potencial construtivo para o estádio do Flamengo. E a terceira coisa que ela se comprometeu conosco e que vai ser feito num segundo momento: aprovar o potencial construtivo da Gávea. Que é basicamente o que ela fez com o Vasco. Aqui, na Gávea, o potencial construtivo tem um valor maior. Mais o que o prefeito quer nos dar é um cheque equivalente ao que ele deu para o Vasco. Que este dinheiro será um dinheiro carimbado para fazer o estádio. Então, nesse projeto a gente tira 500 milhões de gastos no terreno e ganha 500 milhões de um potencial construtivo da Gávea. Num balanço, a prefeitura entra na viabilização do projeto com R$ 1 bilhão.”

Já é possível precisar a capacidade do novo estádio?

“Ainda tem algumas coisas para amarrar com os bombeiros em relação ao projeto. Dependendo do que a gente negociar, você vai poder aumentar ou diminuir o número de pessoas do estádio Mas os números são entre 75 e 79 mil lugares no total.”

Com o novo estádio, o que muda na concessão de 20 anos do Maracanã?

“Agora tem que fazer um monte de coisa. Vamos fazer algumas modificações na separação das torcidas. Vamos tentar negociar melhor com a polícia para poder fazer a separação para a gente não perder tanto ingresso que a gente perde. Agora que é definitivo, eu vou chegar para os caras e dizer, vem cá, o que que você quer? O que que eu preciso fazer para te dar conforto para você poder aceitar, aprovar a minha operação? Bom, a gente vai ter que conversar com eles, uma vez eles estabelecendo isso como que a gente vai ter um prazo de execução disso. Se ficar pronto no ano que vem já começa a valer, com certeza. O mais rápido possível. Porque isso é perda de receita para a gente.”

O estádio foi um dos motivos para você aceitar o cargo de CEO no novo ciclo?

“Cara, é um dos motivos. É muita coisa acontecendo. Mas é um dos. Cara, assim, o Rodrigo (Dunshee) veio ter uma conversa franca comigo aqui. Eu acho que a gente precisa fazer umas mudanças estatutárias no clube. Precisa ser modernizado em algumas coisas. O clube era um clube social que nem os outros aqui. Foi crescendo, crescendo, crescendo. Hoje tem uma receita de R$ 1.3 bilhão. Então, eu estava me propondo a ir para o Conselho Deliberativo porque as mudanças estatutárias são conduzidas por uma das comissões, a de estatuto. Queria contribuir com o pouco conhecimento de governança corporativa que eu tive na minha vida profissional. Só que aí o Rodrigo chega para mim e fala assim: ‘Cara, tu tem uma outra experiência aqui. De tocar a companhia e de estruturar projetos novos. Com todo o respeito à sua escolha, a sua decisão, é perder a tua experiência para tocar o dia a dia do clube e implementar coisas maiores para o clube. É um desperdício, cara’. Aí eu falo: ‘Mas o cara que vai ser o presidente é você.’ Ele falou: ‘Não, vamos continuar com o mesmo grupo aqui. Sai dessa sala, vai para aquela sala ali, a gente fica junto aqui, tocando o clube junto. Continuando a fazer, a dar sequência no trabalho que a gente está fazendo’. Onde é que eu posso ser mais útil para o Flamengo? A discussão passou a ser essa. Em uma continuidade do grupo gerindo o clube, onde é que eu posso, de certa forma, agregar mais, ajudar mais. Foi por isso que eu falei para ele. Então tá bom. Podemos fazer isso.”

A eleição para presidente do Flamengo acontecerá no fim de 2024.

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