Luís Castro está livre no mercado desde que deixou o Al Nassr, da Arábia Saudita. O treinador continua sendo questionado sobre sua saída do Botafogo, em 2023. Em entrevista à Rádio Comercial, de Portugal, o português relatou o sonho de comandar uma seleção.
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“Gostaria, um dia, de treinar uma seleção, não digo a portuguesa, e sei que estava ali um passo: treinar Cristiano Ronaldo, Mané, Alex Telles, jogadores de seleção. Pensei num upgrade da minha carreira. Mas não me esqueço do último jogo pelo Botafogo, já se desconfiava: já tinham tirado a minha foto. A minha decisão foi fundamentalmente por prestígio da minha carreira, financeiramente já estava bem no Brasil. Mas é difícil tomar uma decisão, não me arrependi porque era um objetivo que eu tinha”, explicou.
Além disso, o técnico brincou sobre se acostumar com os protestos dos torcedores do Botafogo quando comandava o clube carioca. Castro relatou ser a primeira vez que foi xingado.
“A primeira vez que ouvi o estádio todo me mandou ‘tomar no…’ [risos]. Disse logo ‘o que é isto? Não estou para isto!’. É muita emoção num estádio cheio! Depois habituei-me àquilo [risos]. Mas quem me insultava depois na rua abraçava-me. Na Ucrânia e na Arábia passavam ao lado”, brincou o português.
Flamengo?
Recentemente, Luís Castro teve seu nome rodeado nos papos de Flamengo após a demissão de Tite. O treinador português negou qualquer ligação com o clube carioca.
“Tudo o que disseram foi falso. Não sei como podem falar de dinheiro nessa situação. Seja muito ou pouco dinheiro, nunca ninguém do Flamengo falou comigo.”
“Culpa do Al-Hilal”
O treinador cedeu também uma entrevista ao jornal espanhol “Marca“. Ele diz que se não tivesse o rival, sua vida no Al-Nassr teria sido mais fácil.
“Sem o Al-Hilal, as coisas teriam sido diferentes. Mas a vida é assim. O Real Madrid muitas vezes não atinge os objetivos porque existe o Barcelona e vice-versa. Uma equipe não deixa de ser grande só por não ganhar em um certo momento.”
Para Castro, o Al-Nassr deu o melhor para competir contraa equipe de JJ.
“O Al-Hilal tinha Mitrovic, Cancelo, Rúben Neves, Bono, Savic… Bateu o recorde do Guinness de vitórias seguidas, também. Mas estou de consciência tranquila. Fizemos o possível para melhorar a equipe”, completou.
Na Arábia Saudita, Luís trabalhou com o português Cristiano Ronaldo. Juntos, porém, os portugueses só conseguiram um único título pelo Al-Nassr: a Liga dos Campeões Árabes, em 2023. Hoje, a equipe está no comando do técnico Stefano Pioli, ex-Milan.
Apesar da rivalidade, Luís Castro e Jorge Jesus mantêm uma amizade forte fora das quatro linhas
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