Filipe Luís celebra estreia pelo Flamengo: “sensação maravilhosa”

Treinador e ex-jogador do Flamengo celebra estreia como comandante da equipe rubro-negra

Após a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians pelo confronto de ida da semifinal da Copa do Brasil, Filipe Luís cedeu entrevista coletiva e, dentre as pautas, celebrou a estreia como comandante da equipe rubro-negra.

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Filipe assumiu a função após a demissão do técnico Tite no último domingo (29/09). Desde então, vem comandando os treinos da equipe profissional e, na última quarta (02), fez sua estreia oficial na nova função.

Ele vinha ocupando o cargo de treinador do sub-20 antes de assumir o cargo da equipe “de cima”.

Questionado sobre o sentimento de assumir a equipe principal do Flamengo numa partida oficial pela primeira vez, Filipe disse o seguinte:

“Sensação maravilhosa. O que senti no banco de reservas, vi meus companheiros correndo por mim. Eu me senti muito orgulhoso. Sou um privilegiado. Não falo da boca para fora: quando a torcida quer ganhar o jogo, ela ganha sozinha. Então, o apoio que teve hoje refletiu nos jogadores. Fico muito feliz de ter conseguido trazer essa energia. A comunhão com a torcida tem que crescer cada vez mais. E só vai conseguir se dentro do campo a gente corresponder à expectativa deles.”

No complemento à resposta, revelou detalhes do que era seu planejamento de carreira pós-aposentadoria como jogador.

“Tinha um planejamento, um objetivo muito claro no pós carreira. Eu me preparei por muitos anos, e estou aqui. Antes ou depois, ia acontecer. Uma hora, eu sabia que ia acontecer. Tentei me preparar o mais rapidamente possível para poder viver desse lado, do lado do treinador. Não é fácil, hoje eu estou falando com vocês depois de uma vitória, que é mais fácil, mas vão existir dias em que eu vou estar falando aqui após uma derrota, que vai doer, mas é a profissão que eu escolhi, sou muito apaixonado pelo o que eu faço. Não importa ficar noites sem dormir para poder estudar e deixar tudo preparado para os jogadores. Eu não tenho dúvidas que fazendo as coisas com paixão a gente está no caminho certo.”

Opção por Gabigol como titular

Na sua estreia, Filipe Luís optou por Gabriel Barbosa, o Gabigol, como titular. A opção não vinha sendo usada frequentemente pelo antigo treinador e gerou questionamento na coletiva. Ele disse o seguinte sobre:

“Gabriel é um jogador histórico, ídolo histórico. E eu mais do que ninguém sei o que ele pode dar para equipe, nos oferecer. Um jogador não melhora da noite para o dia. Ele precisa de minutos, de sequência, de um certo carinho, de um cuidado, mas não só o Gabriel. Podemos falar aqui de inúmeros jogadores que com um treinador podem ter mais ou menos minutos e isso é natural no futebol. Gabriel foi uma escolha minha, técnica, sei o que pode me oferecer. Imaginei como o adversário viria jogar, como poderíamos atacá-los e o plano de jogo foi em cima dele como número 9 e o Bruno Henrique mais aberto. Acredito que tenha feito um bom jogo, com certeza, tem muito a evoluir, fisicamente, de confiança mesmo. A hora em que a primeira entrar, ele volta a ser o Gabriel mentalmente, e fisicamente ele vai precisar de mais tempo. Talvez, vá sentir no próximo jogo, porque não é fácil depois de tanto sem jogar ter uma sequência, mas vou tratar dele e de todos com muito carinho.”

Carinho de Zico

Na coletiva, Filipe Luís revelou ter recebido mensagem de Zico, ídolo histórico do Flamengo, desejando boas energias para a sua estreia como treinador pelo clube.

“Ontem à noite, eu estava indo para a cama e aí eu vejo meu celular: Arthur Coimbra. É interessante. É muito bom. Ter o Zico como amigo nunca me parece normal. É um privilégio muito grande. Ele me ligou, me desejou sorte, me deu alguns conselhos, me contou um pouco da história dele como treinador. Ainda não consigo ficar normal do lado do Zico, do Júnior e, principalmente, do Athirson. Não consigo ficar do lado dele direito, porque são grandes, são ídolos, mas estou me acostumando. E o Zico é tão próximo e tão humilde, que fica mais fácil. Mas, para mim, é único ter o Zico como amigo.”

Diferença de sentimentos para jogador e treinador

Perguntado sobre a diferença do que sentiu quando veio ao Flamengo como jogador e do que sente ao estrear como treinador da equipe, Filipe revelou bastidor interessante.

“Como jogador, eu estava com um receio porque vinha de lesão. eu lembro que na Bahia eu ficava olhando para camiseta que era cinza com o escudo e para as placas do Campeonato Brasileiro e falava “caramba, são quase 17, 18 anos depois e eu estou voltando a jogar o Campeonato Brasileiro”. Eu estava jogando pensando nisso, mas estava pensando em jogar bem, de tentar fazer um jogo perfeito. Não foi aquelas coisas, mas como treinador é 100% diferente, completamente diferente, não tem nada a ver. O que eu vivi, nesses últimos dois, três dias, foi muito intenso, muitas horas de preparação para tentar ajustar as coisas para o jogo, mas ficar no banco de reservas já não é uma novidade para mim. Eu já tinha vivido isso com o sub-20 e algumas vezes antes. O que me impressionou foi ver meus companheiros correndo e fazendo o que eu falava. Antes, eu estava dentro do campo jogando com eles e agora eu falava para ajustar as posições e eles me obedeciam, e isso foi o que mais me emocionou.”

Falta de pontaria

Questionado sobre as chances de gol perdidas pelo Flamengo contra o Corinthians, Filipe disse o seguinte.

“Dezenove finalizações são muitas finalizações. O que fazer para ajustar a mira? Tendo chances, a bola vai entrar. Meu dever é fazer com que, quando meus laterais chegarem no fundo, tenham três jogadores na área. Cada vez que o Arrascaeta pegar a bola, tenham dois jogadores dando espaço. Vamos fazer gol sempre? Com certeza, não. Existem dias melhores, dias piores, dias em que se vai golear, dias em que a bola não vai entrar, existia um grande goleiro no gol, que foi meu companheiro também. Eu vi um time que criou muitas chances, que conseguiu finalizar, incomodou o adversário em todo momento e fiquei feliz porque é questão de tempo para a bola entrar porque a qualidade é extraordinária.”

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