O diretor Marcelo Sant’Ana fez parte da entrevista coletiva pelo anúncio da contratação do meio-campista Maxime Domínguez durante a manhã desta terça-feira (10). Nela, revelou detalhes das últimas movimentações do Vasco na janela de transferências do meio da temporada.
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Conforme dito pelo diretor do Vasco, o clube tentou a contratação de um zagueiro durante o meio desta temporada. Ian Glavinovich, do Newell’s Old Boys, foi a negociação que mais esteve perto do desfecho. Marcelo Sant’Ana comentou sobre ela.
“Buscamos jogadores entre 28, 30 anos, perfil consolidado. Que chegassem com perspectiva de brigar por posição. No fim negociamos com Ian, um perfil diferente, mas que no primeiro semestre estava na seleção olímpica da Argentina. Peça interessante, mas por contrato não foi possível.”
Sobre a janela como um todo, Marcelo revelou detalhes sobre o que foi a postura do Vasco nesse período de transferências.
“A janela do meio do ano é de correção. A gente faz os grandes movimentos no início da temporada. A gente buscou qualificar o nosso elenco. Na minha chegada tivemos a lesão do João Victor, que nos deixou com três zagueiros adultos e os dois da base. O retorno do João Victor nos passou tranquilidade. E não encontramos um atleta que casasse responsabilidade financeira e retorno técnico.”
A cobrança da torcida do Vasco em cima de Marcelo Sant’Ana tem sido grande pela contratação de novos reforços. O diretor deu sua análise sobre o que seriam as reais demandas do clube nesse momento.
“Quando Pedrinho me ligou o Vasco tinha sete pontos e estava no Z-4. Eu falei a pontuação que faríamos e o presidente deu até risada. Quando cheguei oficialmente tínhamos 11 pontos, em 16º. O grupo reage dentro da competição, praticamente os mesmos (jogadores). A confiança no grupo tem valido a pena. Decisão de manter o Rafael Paiva tem se mostrado acertada. As pessoas ao lado muitas vezes precisam de confiança.”
Para encerrar a sua linha de pensamento, Marcelo reforçou que o Vasco não poderá fazer loucuras financeiras e que deverá manter como prioridade a saúde financeira do clube.
“Não são em dois meses, três meses, que vamos corrigir todos os problemas. É duro para o torcedor ouvir isso. Tem que ter responsabilidade. Tem de fazer investimento como a reforma de São Januário. Ligar base com profissional. Erro estratégico do clube de ter cinco locais de trabalho. É muito distante do adequado. Esperamos em breve sinalizar como vamos corrigir esse déficit histórico. É difícil para um clube onde nunca se ouviu respeito ao orçamento ouvir isso. Vasco é competitivo pela força da torcida, grandeza, mas não pelas últimas gestões. Se pegar até quando Pedrinho jogava e olhar os últimos 30 anos, eram anos maravilhosos. De 2000 pra cá começou a ficar muito abaixo de sua história e potencial. Esperamos corrigir.”
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