Apesar de já ter estreado pelo Corinthians e até marcado dois gols, o atacante Talles Magno foi apresentado somente hoje pela equipe paulista.
Em entrevista coletiva, o jogador falou sobre sua expectativa na nova equipe, sobre os jogos que já fez, sobre suas origens e sobre sua família.
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Perguntado sobre o sentimento de estar assinando com o Corinthians, Talles Magno relembrou a sua trajetória como atleta e ser humano, recordando as dificuldades que passou para chegar ao estágio profissional em que se encontra hoje: “No momento que a gente era criança, a gente tinha muita dificuldade, né? Era muito… (choro) Foi difícil a nossa vida, então naquele período que eu fui jogar com seis anos no Vasco, realmente… para eu ter onde ficar, porque dentro da minha casa era muito difícil. Minha mãe trabalhava muito, ficava lá mais para ter o que alimentar dia, de tarde, de noite, ter uma educação boa. O Vasco foi muito importante em minha vida, nesse período todo lá eu estudei, tive todas as refeições do dia, então eu acho que foi muito importante. Não tem muito o que falar, só agradecer a toda a minha família, meus irmãos, meu pai, minha mãe e meu pai, só tenho que agradecer.”
Vindo do futebol estadunidense, Talles Magno explicou o porquê da escolha pelo Corinthians e revelou ter recebido propostas de outras equipes: “Eu tive algumas propostas assim daqui do Brasil, muitos clubes interessados, eu acho que todos vocês viram. Como jogador, eu tenho meus sonhos, eu tenho sonhos de jogar na seleção brasileira, tenho os sonhos de estar ali disputando Copa do Mundo, e eu acho que o Corinthians é um clube vitrine de todo mundo e eu sei que aqui é muito importante eu acho que se você for bem, se você mostrar o futebol que você tem, é que você cresce muito e alcança objetivos enormes, realiza os seus sonhos.”
O atacante revelou como foi o momento de receber a notícia do interesse do Corinthians em sua contratação: “Quando o Corinthians me ligou eu acho que eu não pensei nem duas vezes, era uma decisão muito importante que eu tinha que tomar e foi uma decisão certa, porque eu tenho certeza que esse clube é muito grande para alcançar coisas muito grandes, então eu acho que é isso.”
Experiência no futebol norte-americano
Talles Magno revelou o que absorveu de experiência no futebol dos Estados Unidos, onde estava desde 2020.
“Foi uma experiência muito boa a minha ida para o futebol americano. Lá eu aprendi a jogar em muitas funções, muitas posições. Jogando pela esquerda, jogando de centroavante, jogando de camisa 10, pela direita. Então ali eu aprendi muita versatilidade, mas é o que eu falei, onde precisar de mim, eu acho que vou conseguir dar resultado, vou conseguir ir bem. É independente de ser ao lado esquerdo, de centroavante, por dentro. Mas onde eu mais gosto é aberto ali pela esquerda, vindo por dentro, encostando mais na área para que eu possa fazer um dois com centroavante, jogar perto do número 10 e poder finalizar bastante.”
Homenagem a Sócrates na comemoração
Já tendo marcado dois gols pelo Corinthians, Talles Magno vem adotando uma comemoração característica que homenageia o ídolo corinthiano Sócrates. Ele falou sobre isso.
“Sabemos que é ídolo do clube. O clube tem muitos, muitos ídolos. Então, sim, foi pensado essa comemoração porque quando eu cheguei aqui também na minha apresentação o pessoal do Corinthians pediu pra eu tirar uma foto assim e depois eu fui buscar sobre a história do Sócrates. Então, é um emblema perfeito, é um emblema muito grande dentro do clube. Então, foi proposital sim e logo após eu já sei que continua sendo a comemoração que eu acho que é adequada comigo.”
Evolução pessoal nos Estados Unidos
Talles Magno falou sobre sua evolução como pessoa no seu período jogando nos Estados Unidos.
“Foi um período muito importante, muito, muito importante na minha vida. Aprendi a falar inglês, aprendi outras línguas, aprendi outra cultura. Foi muito importante essa adaptação lá. Eu regressar aqui para o Brasil jogando em outras funções, não só em uma. Acho que foi um aprendizado muito grande. E esse período que eu fiquei um tempo parado foi, sim, muita resiliência, muita força de vontade para voltar cada vez mais forte porque todo atleta, o futebol é muito intenso, então lesão é comum no mundo do futebol, mas o depois da lesão que é o necessário para cada atleta. Então, eu acho que dentro desse período foi muita resiliência, muita força de vontade para voltar e continuar seguindo forte e apresentando bom futebol.”
Mais respostas
Pressão de jogar no Corinthians “Acho que aqui dentro do Corinthians é uma pressão positiva, não é uma pressão negativa. Temos cobrança, mas eu acho que acima das cobranças temos muita força, muita positividade com essa pressão. Eu acho que a pressão que eu tenho é pessoal e quando eu cheguei nesse clube eles fizeram essa pressão se tornar mais leve, se tornar mais confiante, independente de torcida, independente de staff, de comissão técnica, até mesmo os jogadores me ajudaram muito para que essa pressão seja a pressão leve.”
Condicionamento físico “É uma nova etapa, né? São muitas competições, é um nível muito alto. Mas eu acho que eu estou100% e tudo tem adaptação. Eu acho que eu vou ter também essa adaptação. As lesões que eu tive, ficou no passado eu já estou 100% recuperado. Agora é só adaptar pra conseguir jogar todos os jogos o máximo que eu posso e melhor que eu posso.”
Luta antirracista “No mundo do futebol aconteceram muitas coisas assim. Eu nunca vivi, mas eu tenho pessoas próximas de mim que viveram. Acho que tem que ter cada vez menos racismo no futebol, independentemente de cor, que seja a mesma oportunidade para cada pessoa. Isso acho importante, que possa ter mais isso no mundo do futebol, independente de cor, você ter as mesmas oportunidades que todos.”
Ajuda a Wesley “Posso ter esse papel de dar conselhos, porque mesmo eu tendo 22 anos, aprendi muito. Eu subi aos 16 anos no profissional, então eu aprendi muito, mas eu acho que dentro desse clube tem pessoas com muito mais experiência que eu, pessoas muito grandes também, então estarei ali pra escutar também os conselhos que ele vai dar par o Wesley, que também quero aprender. Mas acho que se precisar consigo dar uns conselhos, para que eu possa ajudar, o Wesley é um grande jogador, todos nós sabemos, então eu acho que ele tem muita coisa pela frente.”
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