Rafael Paiva destaca desgaste físico do elenco do Vasco

Rafael Paiva cedeu entrevista coletiva após Vasco 1x0 Atlético-GO

O Vasco venceu o Atlético-GO por 1 a 0 na última terça (07) e garantiu o avanço para as quartas de final da Copa do Brasil pela primeira vez desde 2015. Apesar da comemorada classificação, o clima na arquibancada de São Januário era de cobrança.

O desempenho da equipe foi alvo de críticas entre a torcida e tornou-se tema de debate durante entrevista coletiva pós-jogo. O treinador Rafael Paiva abordou sobre o tema.

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Questionado pela reportagem da BTB Sports sobre as trocas feitas no segundo tempo, que garantiram uma queda de produção da equipe do Vasco, o treinador Rafael Paiva admitiu desgaste físico do elenco do Vasco.

“A gente está desgastado, a gente tem tentado mesclar alguns jogadores. No jogo passado, do Red Bull Bragantino, essa foi a ideia para a gente tentar ter alguns jogadores mais inteiros, mas mesmo assim a gente carrega uma sequência de jogos pesada. Já temos um jogo contra o Fluminense no final de semana. Fizemos as trocas quando acho que a gente já estava sofrendo um pouco.”

Em outra resposta, o treinador abordou mais abertamente sobre a questão das trocas, admitindo ineficiência naquilo que tinha em mente para a equipe no momento das substituições feitas.

“A ideia era tentar dar um pouco de gás, de tentar controlar a bola. A gente não conseguiu ficar com a bola. As trocas não surtiram efeito. Acho que o Atlético pressionou muito a gente e foi um jogo que eles conseguiram chegar muito perto do nosso gol e a hora que a gente tinha oportunidade de jogar ou de contra-atacar, a gente não teve a qualidade necessária ali pra fazer o gol.”

Rodízio no elenco

Novamente questionado sobre as trocas feitas, desta vez com natureza de buscar entender o porquê de determinadas opções, Paiva apenas disse que é necessário explorar as opções disponíveis e tentar potencializar os jogadores que já tem.

“A gente precisa potencializar mais jogadores no grupo. É impossível você ter 11 jogadores e (só) três, quatro trocas. É muito pouco. Então a gente tem que colocar no jogo alguns jogadores, a gente precisa ver. E precisa desenvolver, precisa dar minutagem porque a gente vai precisar deles para os próximos jogos. A gente está tentando oxigenar o grupo e manter mais jogadores no nível satisfatório.”

Oscilação da equipe

Noutra resposta, Paiva admitiu que o Vasco vive um momento de oscilação e revelou que busca encontrar a melhor forma possível para o time atuar mais uma vez.

“A gente está tentando buscar a melhor maneira de a gente controlar o jogo. Acho que a gente tem oscilado. A gente foi bem no 4-2-3-1, depois sofremos alguns jogos. A gente tentou controlar colocando mais jogadores dentro. Conseguimos, principalmente contra o Red Bull, mas a gente não conseguiu manter até o final. É a busca incessante pra gente tentar encontrar a melhor forma de jogar o jogo. A gente gostaria de iniciar do minuto 1 ao 90 jogando muito bem. Ainda não conseguimos encontrar isso, principalmente nos últimos jogos.”

Pressão sobre Léo

Questionado sobre a pressão sofrida pelo zagueiro Léo, Paiva revelou que confia no atleta e deu seu ponto de vista sobre a situação de cobrança em cima do jogador.

“Eu acho que a nossa defesa é sempre muito contestada. Independentemente de quem entra ali, mas principalmente o Maicon e o Léo, eles têm peso maior em cima deles. O Léo é extremamente profissional, é um jogador de um profissionalismo exemplar. Realmente, ele falhou no lance do gol (contra o Bragantino). Para o zagueiro, para o goleiro, uma falha fica muito mais marcada. A gente tem errado também no ataque, no meio, nas laterais, só que às vezes passa muito mais despercebido que o erro de um zagueiro e de um goleiro. Mas o Léo é um jogador muito experiente, eu acho que ele está muito acostumado com essa situação, principalmente aqui dentro do Vasco. A gente confia nele, é um zagueiro rápido, que gosta do combate físico. Tem capacidade de conduzir a bola em velocidade e ele sabe que joga no limite do erro. Estar no Vasco é jogar no limite do erro. Nós temos uma torcida que nos cobra bastante e a gente tenta levar pelo lado de manter a gente sempre com o nível de atenção altíssimo. Não tem como você se acomodar aqui dentro porque você ganha. A gente precisa jogar num bom nível do primeiro ao último minuto para a gente ter um pouquinho de carinho.”

Desconforto de Pitón

Autor do gol da vitória, o lateral-esquerdo Lucas Pitón deixou o campo sentindo algumas dores e isso gerou preocupação para a torcida. Questionado sobre isso, Paiva revelou detalhes sobre a situação do jogador.

“Piton é um jogador fundamental para a gente. Tem qualidade, defende bem. Só que ele está sentindo uma maratona de jogos. Hoje ele sentiu um desconforto, um cansaço e não quis correr o risco. Por isso que a gente fez a troca e precisaremos avaliar melhor amanhã. Eu acredito que não seja nada grave, mas a gente precisa avaliar. Faz parte dessa rotina pesada de jogos, desse nível.”

O Vasco, comandado por Paiva, voltará a campo no próximo sábado (10), quando enfrentará o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro. O confronto será disputado no estádio Nilton Santos, normalmente utilizado pelo Botafogo.

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