Lucas Verthein, atleta do remo representando o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, recebeu um barco avaliado em 20 mil dólares, cerca de R$ 112 mil de John Textor, dono da SAF do Botafogo. Tendo vínculo somente com o futebol do clube, o americano optou por investir no esporte olímpico mesmo sem ter a obrigação e comprou um equipamento de ponta para o profissional do Alvinegro.
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O remador conquistou em Tóquio 2020 o melhor resultado da história olímpica do Brasil na prova do single skiff, ficando em 12º lugar. Mas para atingir esta posição, o atleta não tinha barco próprio e utilizava equipamentos completamente diferentes para treinar e competir, o que dificultava ainda mais o atleta chegar onde chegou.
Mas as coisas mudaram quando John Textor, no ano passado, resolveu ajudar adquirindo um barco novo para Lucas Verthein.
— É um barco de fibra de carbono, com toda uma tecnologia por trás, hidrodinâmica… são tantos detalhes que costumo dizer que o remo é a Fórmula 1 dos esportes náuticos. Todo ano eles buscam novos aprimoramentos para deixar a navegação mais veloz. Tem coisas que só dependem do atleta, mas você ter um barco ideal para treinar e competir faz toda a diferença — diz Verthein, que disputa os Jogos Olímpicos pela segunda vez na carreira.
As principais empresas de barcos na atualidade são a italiana Filippi e alemã Empacher. Antes da aquisição de Textor, o brasileiro treinava com um equipamento da primeira marca e competia com outro da segunda, que pertencia a um atleta amador e era alugado. Textor também comprou este segundo barco e o repassou a Verthein, que agora treina com equipamentos próprios e, principalmente, idênticos.
— É como se você estivesse dirigindo um carro popular e do nada pegasse um importado. Você vai estranhar no início, precisa se adaptar. Comecei a remar com o barco novo logo antes dos Jogos Pan-americanos e pude não só quebrar o jejum em Santiago-2023 como treinar com ele para competir aqui em Paris – concluiu Lucas Verthein.
Se referindo à marca do seu novo barco, Lucas diz que: “é mais estável e fácil de remar”. Com esse apoio fundamental de Textor, junto com o desenvolvimento de sua técnica nos últimos anos, ele espera um desempenho ainda melhor do que no Japão:
— Tecnicamente falando, a minha remada está muito mais eficiente e tenho desperdiçado menos energia. Quanto ao resultado, ele é consequência. Se eu disser que quero ser “top 10”, vou ficar entre os 20. Como a mentalidade é o que muda tudo na carreira de um atleta, tenho que pensar que vou ser sempre o melhor. Sonho, acordo e durmo, desde que entrei nesse esporte, sonhando com a medalha de ouro olímpica. Este vai ser sempre o meu objetivo.
O barco ganhou o nome de “Estrela Textor” e Lucas Verthein está classificado para as quartas de final do remo em Paris, no skiff simples masculino.
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