Nesta quarta-feira (24) completam-se seis meses desde que Pedrinho assumiu o cargo de presidente do Vasco da Gama. Eleito em votação social em outubro de 2023, o ex-jogador e comentarista assumiu suas funções no posto presidencial em 24 de janeiro de 2024.
Desde sua posse, o Vasco vivenciou mudanças relevantes no que diz respeito à administração e gerência do clube, mas também nos resultados vividos dentro de campo e de quadra, nas modalidades olímpicas do clube.
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Pedrinho assumiu a presidência do Vasco em um momento de separação entre as metades associativa e SAF do clube. Desde a venda da SAF para a 777 Partners, empresa de investimentos norte-americana, em setembro de 2022, havia essa diferenciação clara.
Pequenos detalhes, como a divisão de perfis em redes sociais ou a pouca comunicação entre assessorias de ambas as partes do clube, escancaravam como a intenção da empresa estadunidense passava por um monopólio das decisões envolvendo a SAF, tentando o afastamento máximo com a parte social do clube.
Uma das principais premissas de Pedrinho em campanha foi a retomada da união entre as duas partes, situação que foi conquistada pelo presidente apenas poucos meses após sua posse.
Além disso, outra premissa era a transparência, aspecto tão problemático nessa antiga gestão do clube associativo. Imediatamente, o presidente eleito trabalhou para que essa dinâmica ganhasse um outro rumo por meio de uma comunicação mais clara com o torcedor.
Desde que assumiu o cargo de presidente, Pedrinho cedeu duas entrevistas coletivas, além de ter feito parte das apresentações de Philippe Coutinho, meio-campista, e Marcelo Sant’Ana, diretor executivo.
Mudanças mais marcantes
Além das mudanças administrativas, Pedrinho também promoveu mudanças efetivas no desempenho do time dentro de campo. A primeira delas foi a contratação de Felipe “Maestro”, ídolo do Vasco e amigo próximo, para o cargo de diretor de futebol.
A escolha pelo maior campeão com a camisa do Vasco para o cargo que aproxima elenco de diretoria mostrou melhoria imediata no ambiente do vestiário, traduzindo-se num bom momento dentro de campo.
Outra escolha acertada foi o respaldo dado a Rafael Paiva, treinador do sub-20, que passou a comandar a equipe profissional após a saída de Álvaro Pacheco, antigo treinador. A não efetivação também se mostrou acerto, pois permitiu blindar o profissional de críticas e fez com que seu trabalho fluísse da melhor forma.
A opção pela demissão de Álvaro Pacheco, mencionada anteriormente, foi outro acerto. Em quatro partidas que comandou o Vasco, mostrou zero evolução e indicava problemas de interpretação do elenco que tinha em mãos.
Quase que simultaneamente à saída de Álvaro Pacheco, ocorreu a saída de Pedro Martins, antigo diretor executivo. Essa, mesmo que não intencionalmente, foi outra ação acertada de Pedrinho, pois promoveu a vinda de um diretor com ideias mais frescas e ajustadas à realidade do Vasco com Marcelo Sant’Ana.
Outro grande acerto de Pedrinho foi a vinda de Philippe Coutinho, ídolo da torcida do Vasco. As tratativas por esse retorno foram conduzidas por Pedrinho antes mesmo dele assumir papel de comando sob a SAF do Vasco.
Essa contratação causou um impacto midiático muito grande e proporcionou visibilidade para o clube, assim como retorno financeiro em venda de camisas e produtos do clube.
Sem dúvida, o grande acerto da gestão Pedrinho, até aqui, foi a progressão na aprovação da venda do potencial construtivo de São Januário, cujo lucro será utilizado para financiar a reforma do estádio cruzmaltino.
A venda foi aprovada e a assinatura oficial do projeto de lei que a viabiliza foi feito em São Januário, para os torcedores presentes. Um marco relevante para a manutenção do patrimônio material do clube.
Pedrinho será o comandante do Vasco até dezembro de 2027. A tendência é de que a SAF cruzmaltina seja revendida e ele torne a dividir o controle do futebol do clube, mas com um papel de maior importância do que o exercido pela gestão anterior.
Parece seguro afirmar que o Vasco tem estado em boas mãos.
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