Durante a tarde dessa sexta-feira (19), o Vasco promoveu a entrevista coletiva pela apresentação do atacante Alex Teixeira e do volante Souza, ambos com 35 anos.
Junto aos dois reforços, o diretor-executivo Marcelo Sant’Ana esteve presente e contribuiu nas respostas das perguntas feitas pelos jornalistas presentes.
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Os dois crias abordaram sobre assuntos ligados ao seu retorno, incluindo sobre o sentimento de voltar para casa e poder se juntar a companheiros da época de base, como Coutinho.
Alex Teixeira
Sentimento de retornar
“Para mim uma sensação única, quando fala de Vasco é uma emoção muito grande. Fiquei seis meses fora só vendo os jogos pela televisão, Estou muito feliz de estar aqui novamente.”
Como pode contribuir?
“Desejo continuar nessa crescente. Um mês atrás teve bastante polêmica, crise. Agora estamos em um momento diferente. É ter pés no chão, humildade e trabalho para no final do ano colher frutos.”
Por que não permaneceu ao final de 2023?
“É uma longa história (risos). Não vou falar aqui agora, quero viver novos tempos, novas histórias. O que passou passou. A (falta de) sequência acho que foi opção do treinador. No dia a dia, eu treino forte, eu chego lá cedo, sou quase o último a sair. Vou trabalhar duro e, quando tiver oportunidade, vou demonstrar o meu valor.”
Qual o sentimento de voltar a estar junto de seus companheiros de time?
“A gente viveu aqui uns 15 anos. Eu, Souza, Coutinho. É uma alegria muito grande voltar aqui. Essa conversa vem de anos já (risos). É importante a nossa volta, a gente conhece o Vasco como ninguém. Chegamos aqui com sete anos, o Souza, com oito. Sabemos o que é ser Vasco.”
Momento marcante pelo Vasco
“O meu é recente. Acho que, se não fossem aqueles dois gols contra o Operário, ninguém estaria aqui hoje (risos). Vou escolher esse jogo contra o Operário, que foi muito marcante.”
Relação com Dimitri Payet
“Eu falo com o Payet diariamente. Desde que saí daqui, falo com ele. Mando mensagem, mando força por causa da lesão, Quando cheguei lá, foi o primeiro que me deu um abraço, trocamos umas palavras em inglês. Ele está muito feliz.”
Souza
Sentimento de voltar
“Para mim é um reencontro de 14 anos. Sempre desejei estar aqui, voltar. Sentia que no final do ano passado que de repente esse sonho nunca mais aconteceria. Mas Deus é tão bom que me deu a oportunidade de voltar agora junto com Alex e Philippe. Creio que existe uma virada de chave, a gente está pronto para participar disso tudo. Estou muito feliz, para mim é um sonho sendo realizado.”
Surpresa por sugestões de Coutinho de contratar ele e Alex
“Em dezembro, quando fui embora, assinei por um ano e meio com o (Istambul) Basaksehir. Na minha mente, o ciclo também tinha acabado. Sinceramente fui bem triste, queria muito ajudar o clube de alguma forma. Segui minha carreira. Mas Deus é tão bom que nos deu essa oportunidade. A gente não pensava em voltar nesse momento porque não era uma opção do clube. Temos que ressaltar e agradecer muito pela vinda do Philippe porque nunca, diante de Deus, pedi para ele de alguma forma me sugerir. Nunca tínhamos conversado sobre isso.”
Poder voltar sem lesar o clube financeiramente
“Eu fiz uma promessa lá atrás de que, quando voltasse, eu não colocaria o clube numa situação difícil. O próprio presidente já falou que não foi só um pedido do Philippe e viu que agregaria muita coisa. E não lesaria o clube financeiramente, essa foi a palavra que ele utilizou. Por isso que tudo deu certo.”
Como poderá contribuir?
“Eu passei por mercados, Turquia, Arábia, que são mercados alternativos. Falando de Turquia, apesar de não acompanharem, é um mercado muito competitivo. Muitos brasileiros que jogaram lá não se adaptaram. Ali eu consegui me portar muito bem, fiquei seis anos lá e acho que deixei um legado. A diferença é a idade (risos). Estou com 35, a idade muda, a gente tem algumas cicatrizes durante esse percurso. Mas a vontade de vencer continua a mesma, o espírito continua o mesmo. Como falei, acho que é o momento propício para voltar e colocar o Vasco ao lugar onde nunca deveria ter saído. Agora a gente vai, sim, ter dias melhores pela frente.”
Chateação por parte da torcida pela demora por seu retorno
“Difícil falar do que passou. Eu no ano passado tinha o desejo de ficar, acabei não ficando. Mas o que importa é daqui para frente. Eu operei com o doutor Caldeira, estou em ótimas condições. Joguei alguns jogos no Basaksehir. Não consegui fazer pré-temporada, mas o importante é que estou mantendo uma intensidade nos treinos até alta demais. Estou feliz. Da mesma forma que venho para ajudar, com experiência, também estou aprendendo muito. Esses meninos me puxam para ser melhor. Para que a gente, juntos, consiga colocar o Vasco nas melhores colocações. Um mês atrás o torcedor estava ressabiado praticamente com o elenco todo. Passado um mês, eles têm outra visão. Futebol é isso, é resultado dentro de campo. Mas o que nunca faltou da minha parte é verdade e comprometimento. Não vou conseguir agradar todos o tempo todo. Tenho que conviver com isso e bola para frente.”
Posicionamento em campo
“Nos últimos anos, atuei como primeiro volante. Já joguei como segundo, mas nos últimos tenho atuado como primeiro. Acho que essa subida de nível do elenco tem muito a ver com o que o Mateus e o Hugo têm feito. Para mim, os volantes são o cérebro do time. Eles têm feito ótimo trabalho. A competitividade só é boa para o clube. Vou respeitar, tenho muito que aprender, mas também vou aconselhá-los em algumas coisas para que o Vasco cresça. A minha vaidade hoje está de lado. Se eles estiverem bem, vou lutar para que eles continuem bem. O campeonato é muito grande, o importante é que o Vasco sempre mantenha o nível alto.”
Alex Teixeira vestirá a camisa de número 90 pelo Vasco, enquanto Souza fardará o número 5. Eles são dois dos quatro reforços anunciados pelo Vasco nessa janela de transferências do meio de 2024, junto a Philippe Coutinho e Emerson Rodríguez.
Os dois estão legalmente aptos a estrear pelo Vasco, pois já foram legalizados no BID, da CBF. A tendência, porém, é de que essa estreia demore, pois o Vasco opta pela cautela com a inclusão dos novos reforços na rotação da equipe titular.
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