O São Paulo venceu o Grêmio por 1 a 0, com gol de Lucas Moura, e retornou ao g-4 do Campeonato Brasileiro após quase dez rodadas. O momento na Cotia volta a ser tão bom quanto era há pouco mais de um mês.
Traduzindo isso, o técnico Luís Zubeldía analisou o triunfo importante e simbólico, que garante o Tricolor em posição favorável na tabela da competição. Além disso, tocou em assuntos sobre sua carreira e sobre o São Paulo, para além da partida.
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Recusa pelo Equador
Zubeldía teve proposta para assumir a Seleção do Equador, mas recusou, permanecendo no São Paulo. Pela primeira vez, o argentino comentou sobre o assunto publicamente.
“A decisão está ligada 100% aos meus valores. Eu me sinto bem aqui, me sinto querido. Sei que é futebol, os resultados são importantes, mas eu sempre defendi os clubes à medida que fui ganhando experiência. Digo o que me parece, vivo o futebol como vejo. Se quero falar com o árbitro, eu falo. Se quero falar com o jogador, eu falo. Se quero ficar sentado, eu fico. Gosto de desafio importante, gosto de sentir pressão. O São Paulo me dá isso. Mas a decisão de ficar tem a ver com o respeito pela minha profissão. A única coisa que falei foi: ‘Penso no São Paulo, fico no São Paulo’. Mas a decisão não é só pelo afeto. É uma decisão também pela minha profissão. Não me permitira, com as condições dadas, sair de um clube como o São Paulo. Não me permitiria. Estou contente de estar aqui, de estar vivendo partidas dramáticas, intensas”
Pedido por reforços
Zubeldía destacou o elenco curto oferecido a ele como comandante do São Paulo e aproveitou a coletiva para pedir reforços aos dirigentes do Tricolor.
“É urgente que necessitamos de jogadores. Os dirigentes sabem. Não é sobre ter opções no plantel. Temos muitos volantes, mas que não jogam nessa posição. Vamos ter a pior versão dos jogadores que temos.”
O treinador complementou o seu pensamento dando exemplos.
“Alisson estava sendo uma peça fundamental para a ideia do jogo. É um jogador de experiência, que tanto na fase com bola como na fase sem bola estava sendo muito importante, porque nos organiza.”
“Lamentavelmente, hoje não temos dois jogadores que há dois meses e meio falavam que iam estar na Seleção. E vamos ter que fazer algo. Porque cada um tem sua função no time.”
Necessidade de repor a saída de Diego Costa
O treinador argentino também destacou a necessidade de repor a saída do Diego Costa, vendido para o Krasnodar, da Rússia.
“São posições que vamos precisar (de reforço). Um extremo, posso colocar até um juvenil que tenha velocidade. Em posições de estrutura, é muito difícil, porque necessita experiência, minuto, rodagem. A bola passa com frequência pela zona central. Com goleiro não posso experimentar, com zagueiro não posso experimentar, com o volante não posso experimentar, com um centroavante também não.”
Análise sobre a vitória
Zubeldía também aproveitou para analisar a vitória diante do Grêmio.
“Os primeiros 35 minutos foram um espetáculo. Se estivéssemos mais finos no ultimo passe, talvez terminasse 2 a 0. Com segurança com a bola, pressão na perda. Creio que no segundo tempo, se não acontece isso (lesão de Alisson), teríamos nos reencontrado novamente com nosso jogo. O importante é que conquistamos os três pontos, porque o que vale ter sensações de que jogamos bem se não somarmos três pontos?”
O São Paulo volta a campo no próximo domingo (21), quando viaja ao Rio Grande do Sul para enfrentar o Juventude. Para essa partida, não poderá contar com o técnico Luís Zubeldía, suspenso.
A tendência é de que algum de seus auxiliares esteja na beira do campo.
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