A noite do último domingo (07) foi de vitória do Vasco no Campeonato Brasileiro. O time de Rafael Paiva venceu o Internacional por 2 a 1 no Beira Rio, em Porto Alegre. Os gols foram marcados por Lyncon e Adson, com Bustos descontando para o time da casa.
Esse confronto foi válido pela décima quinta rodada do campeonato e foi a primeira partida disputada no estádio Beira Rio em algum tempo. O local estava fechado por conta dos efeitos das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul há alguns meses.
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Na coletiva pós jogo, o treinador interino Rafael Paiva destacou o uso da base do clube de São Januário. Além do autor de um dos gols, Lyncon, o Vasco também tinha em campo os crias Erick Marcus, JP, Rayan e Leandrinho. Também contava com Luiz Gustavo, Bruno Lopes e Lucas Eduardo no banco de reservas.
“Isso valoriza muito o trabalho de quem vem da base. A gente tem muita gente boa trabalhando na base, excelentes treinadores. É uma transição muito difícil, você tem que dar resultado a curto prazo porque, caso contrário, você não tem sequência. Quando consegue pontuar e buscar vitórias, isso fortalece muito quem vem da base. Hoje tínhamos 10 jogadores da base, tinha jogador de 16 anos. Isso é muito satisfatório, fortalece o trabalho que estamos fazendo na base. Esses jogadores têm total capacidade para dar conta do recado, acho que isso é o mais importante. Não é só trazer por trazer. Se a gente tiver paciência, muito jogador bom vai aparecer.”
Rafael Paiva também valorizou a reação cruzmaltina no Campeonato Brasileiro, que garante uma sobrevida impressionante ao clube na competição.
“Eu sempre falei para eles que ninguém mais poderia fazer algo para mudar o cenário que não fossem eles. Atitude, confiança para jogar… A gente tinha que entender que, se nos equilibrássemos melhor, conseguiríamos pontuar mais nos jogos. Sem se desfazer da bola o tempo todo. Foi muito em cima disso, é uma construção do dia a dia. Parte mental, técnica, tática. São muitas coisas que interferem no resultado a curto prazo. Os jogadores lutaram demais, mudaram demais a postura. Mérito total para eles. É um trabalho de formiguinha, envolve muitas pessoas. Estamos no caminho, Vamos tentar dar uma sequência“, destacou Rafael Paiva.
Como foi a partida?
O Internacional começou a partida sendo superior, conseguindo impor dificuldade ao Vasco na sua defesa. Baseado nisso, encontrou grandes chances nessa primeira parcela do jogo, a mais clara com Alan Patrick.
O Vasco conseguiu responder com algumas oportunidades claras também, mas sem ter o mesmo sucesso em imprimir volume ofensivo como o time da casa.
A volta para a segunda etapa, com o placar ainda zerado, foi determinante para o rumo da partida, pois trouxe a jogo um dos protagonistas: o zagueiro Lyncon, de 19 anos. Foi a entrada dele que deu mais solidez ao sistema defensivo cruzmaltino e permitiu o crescimento do clube na partida.
Apenas 16 minutos depois da sua entrada, o Vasco produziu boa trama com Adson, que recebeu presente de Robert Renan, teve qualidade para driblar o defensor restante e finalizou com a ponta da chuteira para o fundo das redes de Fabrício.
Demorariam 11 minutos para que a rede voltasse a ser balançada. O personagem, dessa vez, é aquele que há poucos parágrafos foi citado como protagonista: Lyncon.
Aproveitando de bola rebatida em cobrança de escanteio, o zagueiro cabeceou fundo às redes de Fabrício e não deu condição ao arqueiro de 38 anos desempenhar uma defesa e evitar o gol cruzmaltino.
O Inter demoraria 8 minutos para responder no placar com Bustos, que contou com falha defensiva de Léo, zagueiro, para ganhar espaço para finalizar. Ainda assim, não foi suficiente para evitar a vitória cruzmaltina em solo sul-rio-grandense.
O lamento colorado
Pelo outro lado da narrativa, Eduardo Coudet se viu em situação complicada com o torcedor colorado. O treinador argentino foi vaiado durante boa parte da partida e respondeu sobre essa situação.
“Quando não ganhamos isso acontece. Como blindar? Não tem maneira de blindar. Sabemos que quarta-feira o clima não vai ser o melhor para iniciar. É o que acontece quando não se ganha. Não é uma situação bonita pra ninguém. Ninguém gosta de vaias, mas no futebol acontecem essas coisas.”
Coudet também comentou os problemas físicos vividos pelo Internacional nesse momento e abordou sobre a situação do calendário do futebol brasileiro.
“Ficamos 30 dias parados e depois jogamos a cada 72 horas. Fisicamente não tem como. Acho que é um estilo de jogo que tento colocar, mas hoje não se pode. Não treinamos do último jogo para esse, porque não tem como. Gostaria de atropelar, mas não tem como. Se não, vamos durar 30 minutos. Como treinador, preciso me adaptar às situações que tenho. Queria pressionar o tempo todo, mas não tem como.”
Próximos jogos
Vasco e Inter voltam a campo na quarta, mas por competições diferentes. O Gigante da Colina novamente entra em campo pelo Campeonato Brasileiro, quando recebe o Corinthians. Já o Colorado recebe o Juventude pela Copa do Brasil.
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**Matéria de Eduardo Alves, com colaboração de Gabriel Pieroni**