Durante a última segunda-feira (26), o juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner determinou a apreensão de telefones celulares de Alex Fernando André, o Alex Cassundé, empresário que intermediou o contrato de patrocínio entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet.
A Polícia Civil de São Paulo investiga a possiblidade de que comissões pagas pelo clube tenham sido desviadas para empresas de fachada. Cassundé deve depor nesta terça-feira (25) na delegacia responsável pelo caso.
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Ao defender a necessidade de apreensão do telefone do empresário, os investigadores afirmaram que relatório do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) demonstrou que Cassundé movimenta altas quantias de dinheiro em espécie, “indicando possível ocorrência de manobras de lavagem de dinheiro”, de acordo com a decisão desta segunda-feira.
O juiz também autorizou a quebra do sigilo dos dados telemáticos do empresário.
Cassundé é sócio da Rede Social Media Design, que intermediou o acordo do Corinthians com a VaideBet. Logo após receber parte da comissão que tinha direito, o empresário fez duas transferências que somam mais de R$ 1 milhão à Neoway, empresa que, segundo as investigações, é de fachada.
Ao Fantástico, no domingo, o advogado de Cassundé admitiu a relação entre seu cliente e a Neoway.
“Tem um contato entre eles, lógico. Existe um contato. O que eu vou esclarecer depois, via inquérito ou via imprensa pra vocês, é como essa operação se deu e por que ela se deu.” disse o advogado Cláudio Salgado.
A justificativa das transferências foi feita ao Corinthians, em documento que o Fantástico teve acesso, em que Salgado afirma que os pagamentos têm relação com a contratação de “serviços de telemedicina”.
Esse é somente mais um capítulo desta conturbada situação gerada pela saída da Vai de Bet do Corinthians. Espera-se que esta ganhe uma solução em breve para que o clube possa enfim voltar a focar naquilo que mais importa ao torcedor, o futebol.